Ventura louva "extrema-esquerda fora do parlamento" regional, mas refuta acordo com PSD
O líder nacional do Chega, André Ventura, reagiu aos resultados eleitorais que deram vitória sem maioria do PSD na Madeira, com o seu partido a manter-se com os mesmos 4 deputados, louvou a saída da "extrema-esquerda do parlamento e da vida política madeirense", mas garantiu que, por princípio, o Chega não vai aliar-se ao PSD para assegurar Miguel Albuquerque, que está "agarrado ao poder como uma lapa".
Garantindo que só se o PSD ceder e não mantiver Miguel Albuquerque como líder do Governo Regional é que o Chega poderá dialogar com os social-democratas no sentido de uma estabilidade governativa. Uma posição que, frisou, já tem acertada com a estrutura regional do Chega.
"Nesse sentido, o Chega apela ao bom senso de quem venceu, em número, estas eleições, para propor um nome e uma equipa que sejam susceptíveis de gerar um consenso parlamentar regional que permita ter um cenário de estabilidade, orçamental e política, ao longo dos próximos 4 anos", disse Ventura.
Acreditando que vive-se um novo ciclo político no país e na região, Ventura deixou uma palavra aos social-democratas: "Apelo a Luís Montenegro e, também, a Miguel Albuquerque que compreendam que esse ciclo político tem de ser mudado. O país não pode andar em eleições a cada 3 ou 4 meses e, para isso, não basta fazer chantagem ou fazer pressão. Para isso é preciso respeitar a integridade, lutar contra a corrupção e ser firme nos seus princípios", concluiu.