Iniciativa Liberal sobrevive
Nuno Morna mantém compromisso de apoiar e chumbar medidas consoante se enquandrem ou não nos ideiais liberais
“Sobrevivemos”. Foi com esta palavra que Nuno Morna resumiu os resultados desta noite obtidos pela Iniciativa Liberal. O partido cumpriu ‘os mínimos, nãop conseguiu eleger o segundo deputado, como pretendia. Numa análise aos resultados, reconheceu o PSD como o vencedor, apesar da perda de votos, e fala de bipolarização entre este partido e o JPP, que diz, cresceu de forma significativa. Da sua parte, a política vai-se manter: caso a caso, ponto a ponto, orçamento a orçamento.
Faltavam duas freguesias por apurar quando o cabeça-de-lista reagiu aos resultados eleitorais. “Vivemos bem com aquilo que é a decisão dos eleitores, neste caso dos eleitores madeirenses”, disse Nuno Morna, sublinhando o facto de terem mantido o mesmo número de votos. “Repetimos o número de votos, o que significa que fixamos o nosso eleitorado e podem contar connosco para o que estivemos a fazer ao longo dos oito meses.”
O líder da Iniciativa Liberal fala de uma certa bipolarização nas eleições. “Por um lado o Partido Socialista que não consegue sair daquilo que é o Partido socialista”, analisou. “Por outro, eu acho que a bipolarização foi o PSD de um lado - também perdeu, é preciso ter em consideração que o PSD perde em vantagem e perde em votos - e por outro lado o crescimento do JPP. Há uma bipolarização entre o PSD, partido que ganhou e o JPP que teve um crescimento significativo”.
Sobre a vitória novamente do PSD – são 48 anos a vencer na Madeira – Nuno Morna tem a sua leitura: “Acho que enfermamos um bocadinho do Síndrome de Estocolmo, o eleitorado madeirense enferma um bocadinho desse problema, mas o eleitorado é soberano, aceitamos qualquer resultado que as eleições dêem”.
O deputado reeleito garante que a oposição não será apenas ao PSD, mas a tudo o que vá contra o que defendem, bem como o apoio não será em função das cores políticas mas das medidas propostas e de se enquadrarem ou não nos ideais liberais e nos que defendem para a Região.
Teoricamente, as próximas eleições são daqui a quatro anos, há liberais que não acreditam na estabilidade governativa saída deste escrutínio. “Temos a sensação, alguns de nós, que isto não vai aguentar muito mais tempo. Mas vai depender da configuração que o PSD entender dar à solução governativa.”
Ainda numa análise aos resultados, não deixou de criticar Paulo Cafôfo: “É desastroso o resultado que o Partido Socialista”, começou por dizer. “Paulo Cafôfo consegue ter menos votos que Sérgio Gonçalves teve há seis meses”, recordou.