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Regionais 2024 Madeira

José Manuel Rodrigues aberto ao diálogo mas não abdica de promessas sociais

CDS elegeu dois deputados, menos um do que em 2019, quando concorreu sozinho às Regionais

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O CDS está aberto ao diálogo e não coloca de parte entendimentos parlamentares com o PSD, viabilizando o Orçamento Regional e o porgrama de Governo. 

José Manuel Rodrigues mostrou-se bastante satisfeito com a eleição de dois deputados, alcançando, desta forma, o desejado grupo parlamentar. 

"Eram manifestamente exageradas as notícias sobre a morte do CDS", disse José Manuel Rodrigues, que vai ter ao seu lado no parlamento madeirense Sara Madalena. Para o também presidente dos centristas madeirenses, "os profetas da desgraça" não viram os seus augúrios concretizados.  "Os que diziam que o CDS valia pouco porque se tinha diluído numa coligação, demonstrámos que afinal valemos muito e aqui estamos para influenciar as políticas regionais", disse Rodrigues no final desta noite eleitoral. 

Sobre o futuro, o líder dos centristas diz-se disponível para dialogar com todos os partidos, de modo a garantir estabilidade à Região. "O CDS está disposto a dialogar com todos os partidos para viabilizar o próximo Governo Regional e um orçamento, porque estar sem orçamento durante mais de seis meses é mau para a administração pública regional, é mau para a Região, é mau para os cidadãos, as famílias e as empresas.", vincou José Manuel Rodrigues, salientando que "no actual quadro parlamentar não há maioria estável, nem governabilidade sem os deputados do CDS".

“O CDS está à vontade”, vincou o centrista, apontando que “O CDS quer ser parte própria porque teve do seu lado milhares de madeirenses a confiar em si e naquilo que o CDS disse e que vai cumprir”, garantiu, referindo-se à recusa de coligações de governo, quer com o PSD, quer com qualquer outro partido.   

Acentuando a derrota da esquerda nesta noite eleitoral madeirense, com o Bloco de Esquerda e a CDU José Manuel Rodrigues recusou integrar qualquer coligação com o PS.

O agora reeleito deputado do CDS diz não estar preocupado com os lugares ou cargos que possam vir a ser ocupados. "O que me preocupa é manter os valores, os princípios e as propostas do CDS". Nesse sentido, diz não abdicar daquelas que foram as suas bandeiras no campo do social. "Se o novo Governo Regional, que eventualmente será formado pelo PSD, acolher as propostas do CDS, nós estamos dispostos a viabilizar esse governo e esse orçamento, em nome da nossa responsabilidade política", lembrando aquela que foi a posição assumida durante a campanha eleitoral, algo que "passa não por lugares, mas por propostas". 

Nesse sentido, e vincando os entendimentos parlamentares a que estão dispostos os centristas, José Manuel Rodrigues diz que não abdica das propostas sociais. "Nós temos tido níveis de crescimento económico assinaláveis, só que isso não tem tido repercussão no tecido social. Nós precisamos  de melhorar a qualidade d evida dos madeirenses, reduzir o numero de pessoas que vivem em situação de risco de pobreza, corrigir as desigualdades social e ter maior igualdade de oportunidades, sobretudo para nos dirigirmos aos jovens, em vez de perdermos mais uma geração para a emigração", salientou o eleito. 

O CDS foi a 5.ª força mais votada, alcançando 3,96%, atrás do Chega (9,23%, com quatro deputados), do JPP (16,89%, com nove deputados), do PS (21,32%, com 11 deputados) e do PSD, o grande vencedor da noite, que conseguiu 36,13% dos votos, elegendo 19 deputados.