Trump e o Chega

A candidatura de Donald Trump (DT) partilhou nas redes sociais um vídeo com referências nazis nomeadamente através da frase “A força industrial e a produção alemãs aumentaram significativamente depois de 1871, impulsionadas pela criação de um Reich unificado“.

Não é a 1ª vez que DT e os seus recorrem à retórica nazi como quando disse que os imigrantes ilegais nos EUA estão a “envenenar o sangue do nosso país“ e chamou aos opositores políticos “vermes“ termos semelhantes aos usados por Hilter para caracterizar as vítimas do Holocausto.

DT também não se coibiu de jantar em 2022, com um nazi que negava o Holocausto.

Constou que DT seria convidado de André Ventura (AV) para um encontro da extrema direita mundial que o mesmo pretendia levar a cabo em Lisboa, semelhante ao que teve lugar recentemente em Madrid, onde entre outros esteve presente o presidente argentino Javier Milei (JM) amigo e apoiante de DT, e onde AV mostrou um elevado grau de subserviência a essa extrema direita antidemocrática, nomeadamente ao discursar em espanhol renegando a língua portuguesa, enquanto os outros convidados falavam nas suas próprias línguas, dando mostras de quão pífios são os seus arroubos de nacionalismo bacoco e histriônico para consumo interno.

Só não vê quem não quer que está em marcha a nível mundial uma ofensiva concertada contra a democracia e a liberdade que ela nos permite, tendo como contraponto os regimes autocráticos/ditatoriais vigentes.

Os agentes em Portugal dessa ofensiva antidemocrática estão no Chega, um partido que se formou cumprindo as formalidades legais exigidas pela Constituição, mas cujos estatutos estão ilegais desde 2020 conforme referem o MP e o TC.

Incongruente e aberrante para além de ilegal é um partido que acusa tudo e todos de corrupção não querer indicar as suas fontes de financiamento eleitoral, precisamente uma medida de combate à corrupção.

Repito a pergunta como é que um partido em situação ilegal pode participar em eleições?

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