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Expressões idiomáticas em quadras

Comer cru e quente:
fazer algo apressado,
é meter pão ao forno
sem estar bem amassado.

No balde dar pontapé:
sem cuidado atuar,
sobre um problema
não o querer enfrentar.

Agora é que são elas:
dificuldade que surge,
quando não se espera
e o pior emerge.

Amigo da onça:
amigo bom parece,
fingido e simulado,
o pior transparece.

Andar nas nuvens:
desatento estar,
olha e não vê,
tudo ao lado passar.

Ao Deus dará:
sem rumo andar,
pra esquerda e direita,
não sabe onde virar.

Arregaçar as mangas:
começar a trabalhar,
com afinco fazer,
só no final parar.

Bater as botas:
é parar de respirar,
ir desta para melhor,
ao céu ou inferno parar.

Por a boca no trombone:
a todos alto falar,
privado segredo,
público o tornar.

Cada macaco seu galho:
é fácil de saber,
em assuntos alheios
não se intrometer.

Dar língua nos dentes:
segredo não guardar,
o que era reservado
a todos contar.

Dor de cotovelo:
é inveja sentir
o que nos outros vê,
para si não conseguir.

Falar pelos cotovelos:
quase sem parar
muito diz e desdiz,
parece sem pensar.

Com uma cajadada
dois coelhos matar:
resolver duas situações
de uma só vez atuar.

Sobre a missa
nem a metade saber:
falar de um assunto
sem sequer o conhecer.

Na morte da bezerra
ficar a pensar:
alunar na Terra
e na Lua aterrar.

Agulha no palheiro
ter de a procurar:

algo muito difícil
nunca irá encontrar.

Grande tempestade
no copo d’água fazer:

com algo insignificante
grande conflito ter.

Virar a casaca:
mudar de opinião,
para o seu interesse
conforme a ocasião.