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Regionais 2024 Madeira

Chega sublinha que é através do voto que se decidirá futuro político da região

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Foto Arquivo/Helder Santos/ASPRESS

O cabeça de lista do Chega às eleições regionais da Madeira apelou hoje para a participação dos madeirenses neste ato eleitoral, em oposição à abstenção, sublinhando que é através do voto que se decidirá o futuro político da região.

"Acho que é fundamental virem votar, é fundamental virem escolher o que querem para o vosso futuro, porque é através do voto que as pessoas escolherão realmente o futuro político da Madeira. E esperemos que, desta vez, saia daqui uma equação que dê realmente um governo estável à Madeira", afirmou o cabeça de lista e líder regional do Chega, Miguel Castro.

O candidato às eleições regionais deste domingo falava aos jornalistas pelas 11:30 à entrada da sua secção de voto na Escola Profissional Dr. Francisco Fernandes, na freguesia de São Martinho, concelho do Funchal, onde surgiu acompanhado da sua mulher e da sua filha.

Questionado sobre a afluência às urnas, que abriram às 08:00 e encerraram às 19:00, o cabeça de lista do Chega confessou não saber, porque saiu de casa há pouco, transmitindo a ideia que lhe passaram: "Já me disseram, entretanto, que estava a correr bem, que as pessoas estão a aderir, mas sabemos que durante a tarde a adesão será maior".

Sobre estas eleições antecipadas se realizarem oito meses após as mais recentes legislativas regionais e se há receio da abstenção devido ao eventual cansaço por parte dos eleitores madeirenses, Miguel Castro defendeu que "os atos eleitorais são mesmo assim, causa sempre algum transtorno às pessoas, mas são as pessoas que têm esse direito também, nos atos eleitorais, de escolher aquilo que querem para o futuro da sua região".

Em relação à possibilidade de abstenção também estar associada ao facto de os madeirenses estarem de costas voltadas para o trabalho que os políticos estão a fazer, o líder regional do Chega respondeu: "Precisamente por isso é que nós andámos a apelar a que se façam políticas sérias, transparentes e ligadas essencialmente às pessoas".

"Há que haver uma política mais humanista, ligada às pessoas, porque as pessoas sentem que os políticos quase que governam para eles mesmos, e o que nós queremos é que os políticos governem para as pessoas", sublinhou.

Sem filas e sem tempos de espera, o candidato entrou na sua secção de voto, numa sala de aula na Escola Profissional Dr. Francisco Fernandes, cumprimentou quem estava a trabalhar para assegurar o ato eleitoral, confirmou a sua identidade, com o nome completo Basílio Miguel da Câmara Castro, e votou em menos de um minuto.

Com um movimento constante, os eleitores entravam, alguns já com o cartão de cidadão na mão, e saíam passado cerca de cinco minutos. Sem queixas de tempos de espera, houve quem se manifestasse desagradado com a realização de sondagens à boca das urnas e quem tirasse "uma foto para posteridade".

"O tempo está mesmo bom para votar. Está fresquinho. Não está muito calor", expressou em voz alta uma madeirense à saída desta mesa de voto, dirigindo-se ao marido que a esperava no exterior da escola.

Houve também pais que vieram acompanhados dos filhos pequenos, a quem tiveram de explicar que o voto é em partidos consoante as ideias que defendem.

As eleições legislativas regionais antecipadas na Madeira decorrem hoje, num escrutínio em que mais de 254 mil eleitores são chamados a votar, para escolher um novo parlamento e um novo governo.

Catorze candidaturas disputam os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

As eleições antecipadas de hoje ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Na última legislatura, a Assembleia Legislativa da Madeira tinha 20 representantes do PSD, três do CDS-PP, 11 do PS, cinco do JPP e quatro do Chega. A CDU, o BE, o PAN e a IL ocupavam um lugar cada.