Mais de um milhão de casos de doenças infecciosas em Gaza desde início da ofensiva
O Ministério da Saúde de Gaza, controlado pelo Hamas, disse hoje que mais de um milhão de casos de doenças infecciosas foram registados desde o início da ofensiva de Israel.
As autoridades locais afirmam que muitos foram diagnosticados com hepatite A justificando com a "sobrelotação e os baixos níveis de higiene nos abrigos".
As autoridades de Gaza alertam ainda que há "uma escassez significativa de unidades de sangue" devido à impossibilidade de encontrar novos dadores somada à falta de equipamento laboratorial e pedem que organizações e instituições internacionais levem unidades de sangue para a Faixa de Gaza.
O comunicado recorda que mais de 493 profissionais de saúde morreram devido aos bombardeamentos israelitas e que 310 foram detidos, acusando ainda Israel de atacar o sistema de saúde da Faixa de Gaza. Esses ataques, afirma, fizeram com que deixassem de funcionar 26 hospitais e 53 centros de saúde e destruíram mais de 130 ambulâncias.
Já as unidades de saúde que restam sofrem apagões por falta de combustível, o que põe em causa a vida de feridos, doentes crónicos e recém-nascidos, refere o comunicado.
O número de mortos em Gaza atinge agora 35.857, a maioria deles mulheres e crianças.
O exército israelita bombardeou novamente hoje a Faixa de Gaza, incluindo Rafah, um dia depois de o Tribunal Internacional de Justiça (TIJ) ter ordenado a suspensão das operações militares no enclave.
As operações militares israelitas ocorrem num contexto de esforços em Paris para garantir um cessar-fogo entre Israel e o Hamas.