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Estudar música? Sim, e já!

A vivência dos momentos partilhados, e sobretudo quando são de criação coletiva, é extremamente importante para o desenvolvimento de qualquer criança. Deste modo, a música representa uma ferramenta privilegiada para promover a capacidade de coexistência e colaboração.

Conforme várias pesquisas, músicos desenvolvem uma forma específica de interação social caracterizada pela comunicação não-verbal em tempo real. Isso é, conseguem enviar, receber e entender mensagens subtis produzidas pelo corpo. Produzem e reagem ao mesmo tempo. São mestres da comunicação não-verbal, sendo essa uma das mais importantes qualidades de um bom comunicador. Por isso, a música tem um efeito forte na atividade social e é um veículo para formar ligações afetivas individual e coletivamente.

Esta função da música, que aumenta a colaboração e a socialização, é talvez mais importante para o crescimento pessoal. A sensação da colaboração promove empatia e conduz a uma maior coesão e integração social.

Música pode-se estudar de várias maneiras – como um passatempo sem objetivos definidos, como algo de interesse mas sempre em competição com vários outros interesses, ou duma maneira mais dedicada, até ao ponto de exclusividade. Mas, tal como no desporto ou em qualquer outro empreendimento em que se pretende ter sucesso e não apenas preencher os buracos nos horários dos filhos, quanto maior a dedicação, tanto melhor o resultado.

Efetivamente, para muitos, a vocação para qualquer atividade, inclusive para as artes, não está “escrita na testa” e muitas vezes revela-se apenas depois de algum investimento no tempo, autodisciplina e organização coerente da vida pessoal. Para a maioria de nós mortais, não há retorno sem investimento e, numa idade terna, pouco ou nada disso vai acontecer sem o acompanhamento e empenho dos encarregados de educação.

Não se pode esperar um resultado positivo, motivador e encorajante sem se ter apostado na aquisição de competências que o promovam. Para as adquirir, nada substitui o tempo dedicado ao estudo, apoio quanto mais ativo dos encarregados de educação e familiares, e condições gerais na organização da vida quotidiana.

Se isso poderá exigir alguns sacrifícios por parte da família e dos jovens – poderá, sim. Mas que artista ou desportista de sucesso não fez esses sacrifícios? E esses, no fundo, não são mais do que um compromisso assumido. Os jovens veem o sucesso das estrelas e muitas vezes não entendem o tamanho dos sacrifícios e da determinação que o precederam e marcaram o seu caminho. No entanto, os adultos, enquanto encarregados de educação, são obrigados a ter consciência disso e devem saber orientar os seus filhos e fazê-los entender que não há atalhos nesse caminho. Tudo o que vale, custa. E os resultados não vão faltar, havendo esse compromisso e determinação.

Para estudar música nesse contexto e com estes pressupostos, uma escola oficial de música, tal como o nosso Conservatório – Escola das Artes da Madeira, é um lugar ideal. Com o currículo estruturado e pedagogos experientes e dedicados, a escola tem todas as condições para promover, aprofundar e fazer crescer não só as competências musicais e artísticas mas também, conforme explicado, as sociais e emocionais. Viver a música na primeira pessoa, no momento da sua produção, valoriza imensamente a vida dessa pessoa.

Para a semana, continuam no Conservatório as pré-inscrições para o próximo ano letivo!