Cafôfo desafia a "mudar para melhor sem medo"
Paulo Cafôfo reiterou o apelo ao voto no PS no próximo domingo, salientando que "não pode haver medo quando a mudança é para melhor".
Em nota enviada à comunicação social, o partido afirma que o líder dos social-democratas Miguel Albuquerque tem, nesta recta final de campanha instigado " discurso do medo e a chantagem junto da população, dizendo que toda a gente vai pagar caro se o PSD não ganhar as eleições". Neste sentido, o candidato do PS às eleições regionais assegurou que “os madeirenses não aceitam ameaças seja de quem for, porque não nos agachamos nem deixamos que a ameaça se transforme em medo”.
No comício de encerramento da campanha, que teve lugar no Parque de Santa Catarina, Paulo Cafôfo lembrou que os madeirenses já têm pagado muito caro, referindo "os 900 milhões de euros gastos em obras inúteis, os 33 milhões de euros gastos por ano em tachos do Governo Regional e o facto de pagarmos mais impostos do que os açorianos".
“Nós temos pagado caro, mas está na hora de dar o troco”, afirmou, apelando ao voto.
Como frisou, aquilo de que os madeirenses devem ter medo é de que "continue tudo na mesma, dando conta do facto de, devido à governação social-democrata, muitas pessoas trabalharem e não terem dinheiro no bolso, não terem acesso a consultas ou cirurgias, não poderem ter uma casa, não poderem dar uma educação melhor aos seus filhos, por não terem capacidade de pagar as creches e as propinas", lê-se na nota enviada.
“Vamos dar uma resposta com a coragem de votar diferente, de votar no PS”, desafiou o líder socialista, salientando que “não pode haver medo quando a mudança é para melhor”.
Elencou alguns dos principais compromissos do partido, garantindo que, se for Governo, o PS irá criar uma garantia pública ao financiamento a 100% para a compra da primeira habitação, aumentar o apoio ao arrendamento, baixar o IRS e o IVA para as taxas mínimas, assegurar a gratuitidade das creches, o fim das propinas para o estudantes madeirenses no ensino superior, reduzir as listas de espera na saúde, aumentar os rendimentos dos agricultores, subir o subsídio de insularidade para todos os funcionários públicos para os 5%, reduzir os pontos SIADAP para acelerar a progressão nas carreiras e aumentar para 150 euros por mês o Complemento Regional para Idosos. “Isto é mudar para melhor”, evidenciou, recebendo fortes aplausos.
Como referiu, trata-se de muitas medidas, porque são muitos os problemas deixados durante 48 anos pelo PPD/PSD, razão pela qual é necessário mudar a página na Madeira. Algo que, vincou, só é possível com o PS. “Hoje, Miguel Albuquerque disse que já falou com o Chega”, avisou, lembrando que o voto no Chega, no CDS, no PAN ou na Iniciativa Liberal “é um voto em Miguel Albuquerque e no PSD, continuando tudo na mesma".
“Desta vez não vão enganar os madeirenses”, disse, aludindo ao facto de, em 2019, o CDS ter dado a mão ao PSD e de, em 2023, ter sido necessário também o apoio parlamentar do PAN.
Salientou que quem criou esta crise política foi o PSD, fazendo notar que Miguel Albuquerque está "descredibilizado e é o rosto da instabilidade". O PS, por seu turno, representa a "estabilidade e a confiança no futuro da Madeira".
Por isso, pediu uma oportunidade para o PS mostrar que pode governar bem. “Esta é a hora de um tempo novo, é a hora da esperança e de devolver o orgulho aos madeirenses”, rematou.