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Regionais 2024 Madeira

Ventura no comando da campanha na Madeira

O líder nacional foi presença constante em todos os momentos, procurando capitalizar a sua imagem, mesmo não sendo ele candidato neste acto eleitoral. 
O líder nacional foi presença constante em todos os momentos, procurando capitalizar a sua imagem, mesmo não sendo ele candidato neste acto eleitoral. , Foto Hélder Santos/ASPRESS

O combate à corrupção voltou a ser o grande chavão do Chega na campanha para estas eleições regionais antecipadas. O mote “vamos acabar com a corrupção e com os tachos na Madeira” tem sido apregoado pelos candidatos liderados por Miguel Castro, que volta a assumir a dianteira do projecto, ainda que na sombra do líder nacional, nas acções de rua.

Na implementação desse combate surge a ideia de criar um gabinete contra a corrupção, não indo a sua concretização muito além dessas palavras. Por outro lado, a aposta tem passado muito por mediatizar profissões e nichos contestatários. Taxistas ou pescadores, por exemplo, têm seguido a reboque do partido, numa campanha regional que se mistura com as europeias e onde a valorização profissional tem sido arma de arremesso contra o PSD.

Pouco importa que falem bem ou mal. Queremos André Ventura a mandar em Portugal. Chega, em vários momentos da campanha

Miguel Castro diz querer habitações a preços acessíveis na Madeira, diz querer acabar com a subsidiodependência ou com a ideologia de género, quer banir as drogas, quer aumentar o número de lares ou das quotas de pesca. Mas com o líder nacional presente, é André Ventura quem tem assumido o comando das acções nas ruas madeirenses.

O líder nacional mudou-se, mesmo, por estes dias para a Madeira para ajudar o partido a concretizar o objectivo de alcançar o melhor resultado de sempre e aumentar o número de bancadas no parlamento regional.

Os tambores e as bandeiras no ar anunciam a comitiva. Os gritos de apoio mostram bem o foco. Ainda que em causa esteja a eleição para o parlamento regional, onde Ventura não tem lugar, tem sido demasiado frequente ouvirmos nas acções de campanha para as Regionais chavões como "Pouco importa que falem bem ou mal. Queremos André Ventura a mandar em Portugal". Mas não tem faltado, também, quem fale em salazarismo ou lembre os tempos da ditadura, associando-os ao líder nacional do Chega. Com uma certeza ficamos: está longe de agradar à maioria.

Algumas dezenas de militantes e simpatizantes compõem caravana que não passa despercebida e tudo vale para para convencer cada vez mais madeirenses a escolherem o partido no próximo domingo.

Muita da acção nas ruas e nas redes sociais tem tido a figura de Ventura como centro das atenções. Tudo tem sido pensado em torno da sua pessoa e com recurso à sua imagem. Nos cartazes, nas lonas, nos panfletos, em tudo o que é material de campanha André Ventura surge em primeiro plano, poucas vezes acompanhado de Miguel Castro, líder regional e cabeça-de-lista às Regionais antecipadas. Quando é ele quem vai a votos no próximo domingo.