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Regionais 2024 Madeira

Voto no CDS é uma escolha "de confiança"

Centristas focaram a mensagem na renovação e na responsabilidade e privilegiaram o contacto com a população

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Foto Miguel Espada/ASPRESS

Partindo para a rua sozinho, após o fim da coligação com o PSD, de quem foi parceiro de Governo, o CDS focou a sua campanha para estas eleições regionais antecipadas nas soluções que defende para a Madeira e não tanto em acusações que, para José Manuel Rodrigues, não contribuem para melhorar a vida dos madeirenses.

Ainda assim, o cabeça-de-lista centrista não se poupou a esforços em fazer render as mais-valias das medidas implementadas nos últimos cinco anos, nas áreas em que o CDS governou, nomeadamente na economia, nas pescas e no mar. No meio de tantos elogios, ainda houve espaço para passar ao parceiro de coligação a responsabilidade pelo que não foi feito, sobretudo na saúde, no social, no ambiente ou mesmo no ensino.

"As pessoas querem soluções e não acusações". José Manuel Rodrigues, cabeça-de-lista do CDS às Eleições Regionais de 26 de Maio

Várias vezes José Manuel Rodrigues levantou bandeira para dizer que o CDS foi o único partido que percebeu o fim do ciclo político ditado pela investigação judicial que levou à dissolução do parlamento e crise política actual. A renovação foi destacada no contacto com a população, que foi priorizada pelo partido. O cabeça-de-lista  voltou às ruas e mostrou à vontade e confiança, dizendo-se preparado para ser de novo oposição.

A campanha assentou muito no mote renovação e responsabilidade, dando espaço a novas caras e a uma nova liderança. O CDS tem se assumido como a aposta segura para os descontentes e para os zangados com o PSD e o PS, não deixando de piscar o olho ao eleitorado do Chega ou do JPP.

Para convencer os madeirenses o CDS apontou baterias para  futuro, propondo medidas para a habitação, para a descida dos impostos, como o IVA, ainda que se forma faseada, para a redução da idade de reforma, para o combate à pobreza, para o apoio à natalidade, ou mesmo para o alocar 1% do orçamento regional à cultura, entre outras medidas.

O CDS diz-se preparado para voltar a ser oposição, apontando como mais-valia o já ter estado no lado da governação. Nos últimos dias o CDS mostrou unido em torno do objectivo de não perder a representação parlamentar, mas só no domingo saberemos se a estratégia dos centristas foi bem-sucedida.