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Regionais 2024 Madeira

MPT faz balanço positivo da campanha e diz poder fazer "a diferença"

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Foto Gregorio Cunha/Lusa

A candidatura do MPT - Partido da Terra às eleições madeirenses percorreu hoje, no último dia da campanha, várias ruas do Funchal, onde o cabeça de lista, Válter Rodrigues, fez um "balanço positivo" e assumiu poder fazer "a diferença".

"Nós fizemos o nosso trabalho, demonstrar que é possível ter uma alternativa, ter pessoas responsáveis na Assembleia Regional", disse o candidato à agência Lusa, referindo que nestas duas semanas o partido falou com os cidadãos, as empresas e instituições de solidariedade.

Válter Rodrigues salientou que as pessoas têm de "acreditar que o MPT, quando se pede o voto dos indecisos, será a única força que pode fazer a diferença".

Segundo o responsável regional do MPT e também deputado municipal no Funchal, os partidos representados na Assembleia Legislativa da Madeira "mais não vão fazer".

Dos temas focados pela candidatura, Válter Rodrigues destacou "a parte social, dos contratos de trabalho para toda a gente, porque para contratos diferenciados já [há] a pobreza", apontando que a Madeira tem a maior taxa de risco de pobreza do país.

O candidato lamentou também a situação de consumo da droga -- a par dos Açores, a Madeira tem registado um aumento do consumo de drogas sintéticas -, que "é preciso combater" com a colaboração de instituições religiosas e não religiosas.

"Temos de fazer a diferença e o MPT, nisso, promete fazer a diferença e trabalhar nesse sentido", sublinhou, lembrando que tem feito já "muito trabalho" no maior município madeirense.

"Podem acreditar que na Assembleia Regional iremos fazer um trabalho para a população e não para deixarmos a população desamparada. Porque hoje em dia toda a gente deve ser feliz", reforçou.

O Movimento Partido da Terra (MPT), que já teve um deputado na Assembleia da Madeira, mantém a meta de regressar ao parlamento e quer ser uma voz na defesa dos cidadãos e dos dinheiros públicos.

Foi a segunda força menos votada em 2023, num universo de 13 candidaturas, tendo reunido nessas regionais 696 votos (0,53%), sem conseguir eleger.

O cabeça de lista, Válter Rodrigues, já afirmou que o partido está aberto a entendimentos, excluindo o PSD.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.