Ser ou não ser reeleito
Ao que parece Roberto Almada e o Bloco de Esquerda têm este domingo mais um teste de fogo. Há oito meses, em Setembro de 2023, o parlamentar foi eleito à custa de 3.036 votos. Foi por uma ‘unha negra’ que o ‘Bloco’ conseguiu ter representação na Assembleia Legislativa. Em bom rigor, dos nove partidos, o BE teve a menor expressão eleitoral de todos.
Agora, a 26 de Maio, paira novamente a incerteza de uma representação e talvez por não ser ‘favas’ contadas, o seu maior activo político não se contém em afirmar que “o BE faz falta” no parlamento.
O cabeça-de-lista destacou durante o período de campanha eleitoral algumas das propostas eleitorais na área da habitação, designadamente a fixação de uma percentagem de construção de habitação a custos controlados e de um tecto máximo para as rendas dando exemplos da exorbitância de um T2 a 1.000, 1.200, 1.300 ou 1.500 euros de renda por mês, conforme chegou a denunciar.
Roberto também realçou a necessidade de valorização dos salários e das pensões, argumentando que “as pessoas têm cada vez menos dinheiro ao fim do mês”. Reclamou uma maior justiça na economia, do direito à habitação, de uma reforma fiscal, e exigiu o combate à corrupção.
O acesso à saúde foi outra das tónicas da campanha criticando o aumento em 47% da lista de espera para consultas no SESARAM fazendo com que mais de 45 mil pessoas aguardem por uma simples consulta médica.
Porque “cada voto no Bloco é a garantia que Albuquerque não fica no Governo”, os bloquistas pretendem igualmente uma educação gratuita.
Numa região insular e totalmente dependente do exterior, a acessibilidade e a mobilidade são cruciais e de relevância estratégica, no entender do BE, pelo que defende que estes sectores deveriam estar subordinados ao controlo público.
Roberto Almada é licenciado em Ciências da Educação e desempenha actualmente funções de técnico superior na Segurança Social da Madeira, não se tem cansado de sublinhar que “estas eleições acontecem num contexto de grandes dificuldades para as famílias, quer pela carestia de vida provocada pela inflação, sem que o Governo Regional esteja a tomar as medidas necessárias para proteger os madeirenses e porto-santenses”, sendo “igualmente preocupante a normalização que o PSD-M, pela voz de Miguel Albuquerque, faz da extrema-direita racista, xenófoba e homofóbica, sendo certo que o PSD-M não olhará a quem ou a quê para manter o poder”.
Resta saber se todo este discurso dá frutos... neste caso se dá direito a uma reeleição. O som do 'tic-tac', próprio de uma contagem decrescente já começou.
Frase
“Somos gente de confiança”
Imagem
Olhos postos em Roberto Almada.
Momento
Campanha não tem hora. Fica o registo de sábado, 18 de Maio, 5h45. A comitiva liderada por Roberto Almada iniciava contactos com os trabalhadores da Horários do Funchal, da Empresa de Cervejas da Madeira e do Departamento de Ambiente da Câmara Municipal do Funchal.