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Regionais 2024 Madeira

IL diz que PS "é tão confiável" como Albuquerque e Chega e reitera que "não é não"

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O cabeça de lista da Iniciativa Liberal (IL) às eleições regionais da Madeira, Nuno Morna, afirmou hoje que o PS é "tão confiável" como Miguel Albuquerque e como o Chega, reiterando que não aceita acordos com estas forças políticas.

Apesar de ainda hoje o cabeça de lista do PS, Paulo Cafôfo, ter estabelecido "sentido proibido" apenas ao Chega e ao PSD, o que significa que admite acordos com os restantes partidos, Nuno Morna voltou a dizer que "não é não".

"O Partido Socialista pode estabelecer as linhas vermelhas com quem quiser, este Partido Socialista, ou o Partido Socialista de um modo geral, para nós também não é confiável", afirmou o candidato liberal, em declarações à agência Lusa, em frente a um centro comercial do Funchal, onde o partido esteve a fazer campanha.

Nuno Morna acrescentou que o PS "é tão confiável como é o Miguel Albuquerque [presidente demissionário do Governo Regional e cabeça de lista do PSD às regionais], e é tão confiável como é o Chega".

"Não há hipótese nenhuma de qualquer acordo com o Partido Socialista porque é um partido estadista, despesista, que não olha a meios para atingir os fins, que usa tudo e mais alguma coisa na campanha", reforçou o cabeça de lista, eleito deputado único nas eleições regionais de setembro do ano passado.

Referindo que o PS disse repetidamente durante as últimas semanas que "votar na Iniciativa Liberal é a mesma coisa que votar no PSD", Nuno Morna defendeu que "não é de todo a mesma coisa".

"Nós temos sido muito claros desde o primeiro dia a dizer que com Miguel Albuquerque não é não, e que com o Partido Socialista não é não", sustentou.

O candidato liberal reiterou ainda que PS e PSD fazem promessas que não são viáveis do ponto de vista orçamental e questionou, ironicamente, "qual é a secretaria que André Ventura vai ter no próximo Governo Regional".

"Aquilo que nós vemos e sentimos é uma inflexão no discurso do Chega e o candidato é efetivamente André Ventura, não sei se será vice-presidente do Governo, se terá uma secretaria a seu cargo", apontou.

Para a Iniciativa Liberal, "votar Chega ou votar PSD é exatamente a mesma coisa", referindo que acredita que "já há ali qualquer coisa preparada para o dia das eleições".

As legislativas de domingo na Madeira decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.