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Regionais 2024 Madeira

CDU diz que "ainda está a construir o caminho" para ser reeleita

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O cabeça de lista da Coligação Democrática Unitária (CDU -- PCP/PEV) às eleições de domingo na Madeira considerou hoje que esta força política "ainda está a construir o caminho" para garantir uma voz de combate às desigualdades no parlamento regional.

"Estamos ainda a construir o nosso resultado, falta muito ainda para a mobilização de votos para a CDU", disse Edgar Silva, no Funchal, no penúltimo dia da campanha para as eleições legislativas regionais antecipadas.

O candidato, que é também o coordenador regional do Partido Comunista Português (PCP), reforçou que a candidatura ainda está "a tempo de garantir que a voz da justiça social, a voz do combate às desigualdades estará no parlamento e estará reforçada".

Embora as eleições se realizem daqui a três dias, Edgar Silva considera que "ainda falta muito" e ainda há tempo para "garantir que, na Assembleia [Legislativa da Madeira], a CDU garanta a representação da voz daqueles que têm fome e sede de justiça nesta terra".

Para este ex-padre que tem sido eleito para o parlamento madeirense, a CDU é "uma voz que é indispensável, que faz falta para dar expressão política a todas as demandas, todas as justas reivindicações dos trabalhadores do povo desta terra".

"Ainda estamos a tempo de criar todas as condições para que o parlamento da Madeira tenha garantidamente uma representação do compromisso, da vinculação aos objetivos da justiça social e do combate às grandes desigualdades nesta terra", sustentou.

Edgar Silva insistiu que o voto na CDU será aquele que "não trai (...) não atraiçoa", salientando que esta força política "tem provas dadas de ser quem não vira a cara à luta sempre".

Acrescentou que se mantém no parlamento regional "com intervenção, capacidade de propostas para garantir respostas concretas e respostas" que considera serem as "mais justas reivindicações daqueles que são os mais desfavorecidos, aquelas que são as vítimas de exploração e da injustiça".

O candidato assegurou que a CDU "não entra em negociatas", recordando que muitos eleitores se sentiram "atraiçoados" nas últimas eleições por verem o que "o seu voto tinha sido trespassado, tinham feito negócio com o voto que receberam, tinham traído até valores e compromissos que diziam defender".

Eleito nas últimas regionais, em 24 de setembro de 2023, Edgar Silva foi depois substituído no parlamento madeirense pelo número dois da lista, Ricardo Lume.

As legislativas de domingo na Madeira decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.