Mais de 200 elementos e 70 veículos empenhados no simulacro de tsunami
António Nunes garantiu que se ocorresse um tsunami na Região "seria devastador"
Mais de 200 elementos com 70 veículos participaram esta quarta-feira no exercício Procivex 24, onde foi simulado um tsunami que atingiu a costa Sul da Madeira e a ilha do Porto Santo.
Segundo o comandante operacional regional, Marco Lobato, no Funchal estiveram empenhados 90 elementos e 24 veículos, em Santa Cruz 41 elementos e 17 veículos, em Machico 32 elementos e 12 viaturas e no Porto Santo 50 elementos e 17 veículos.
O balanço feito pelo Serviço Regional de Protecção Civil às 13 horas dava conta de vários mortos, feridos graves, ligeiros e de desaparecidos. Uma situação preocupante foi também a inoperacidade do Centro de Saúde do Porto Santo e de várias estruturas na ilha dourada que foram atingidas pela onda.
António Nunes, presidente do Serviço Regional de Protecção Civil voltou a admitir que um tsunami destes "seria devastador", apesar de defender que a possibilidade disso acontecer "é diminuta".
"Se atingir uma quota de 30 metros não temos capacidade de dar resposta a todos", garantiu, lembrando ainda que a falta de energia eléctrica seria outro problema grave.
Tal como o DIÁRIO já noticiou, o exercício envolveu diversas forças de intervenção na área do socorro e emergência, entre elas corpos de bombeiros da Região, serviços municipais de Protecção Civil, Polícia de Segurança Pública, Guarda Nacional Republicana, Autoridade Marítima, Forças Armadas, Força Aérea Portuguesa, Instituto das Florestas e Conservação da Natureza, Cruz Vermelha Portuguesas, SANAS, EMIR, Serviço Regional de Saúde da RAM e Instituto de Segurança Social da Madeira.
O objectivo foi testar a capacidade de resposta a esta situação e preparar a população para um caso real.