“Quem tem credibilidade para negociar com o Governo da República sou eu”
O presidente do Governo Regional e recandidato ao cargo pelo PSD, Miguel Albuquerque, afirmou, esta manhã, que é ele quem está em melhores condições para negociar com o Governo da AD em Lisboa "um conjunto de questões que estão pendentes e que têm de ser resolvidas", pois tem “credibilidade”, ao contrário do candidato socialista, Paulo Cafôfo, que, quando esteve no executivo nacional “não fez nada” para resolver os problemas da Madeira e ficou “conhecido por ser o pior secretário de Estado das Comunidades Portuguesas”.
“Ele [Paulo Cafôfo] não tem credibilidade para negociar com o Governo da República. O Governo da República é um governo da AD e quem tem essa credibilidade sou eu”, referiu Albuquerque em declarações à RTP, prestadas à margem da visita às novas instalações da empresa ‘Chábom’, no Parque Empresarial de Câmara de Lobos. O político madeirense assegurou que mantém relações com o primeiro-ministro, apesar deste não participar na campanha eleitoral na Madeira, e declarou que “a única divergência que há” com Luís Montenegro tem a ver com “uma má decisão política não termos um candidato da Madeira [em lugar elegível] para o Parlamento Europeu”. “A minha obrigação é defender a Região. Eu não confundo as relações pessoais e muito menos políticas com posições que temos que tomar. Porque hoje estão habituados a políticos agachados e eu não sou muito agachado. Tenho de defender a Região Autónoma da Madeira”, acrescentou.
Quanto ao relacionamento com o governo nacional, Albuquerque tem já um rol de assuntos para tratar, caso vença as eleições de domingo. A primeira prioridade é a revisão da Lei das Finanças Regionais, de modo a que "as regiões autónomas tenham maior capacidade fiscal ". A ideia passa por ter uma margem para baixar impostos superior ao actual diferencial de 30% face às tabelas nacionais. No caso do IRC, pretende baixar a taxa dos actuais 14,7% para 10%, e no caso do IRS, quer "uma redução para além dos 30% em alguns escalões". Também pretende que o Estado comparticipe no pagamento dos sobrecustos da saúde e da educação nas regiões autónomas e o alargamento dos poderes autonómicos na gestão do mar territorial da Madeira. Outra vertente das reivindicações tem a ver com a área da segurança, designadamente os investimentos necessários nas esquadras policiais na Madeira, o subsídio da insularidade para os elementos das forças da ordem e a assunção pelo Estado dos custos com os subsistemas de saúde da PSP, GNR e Forças Armadas.
Albuquerque disse que "o primeiro-ministro sabe" destas reivindicações, já que "tudo isso já está a ser trabalhado pelos dois governos e com o Professor Paes Ferreira".