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Regionais 2024 Madeira

“Quem tem credibilidade para negociar com o Governo da República sou eu”

Albuquerque visitou as novas instalações da 'Chábom', no Parque Empresarial de Câmara de Lobos.
Albuquerque visitou as novas instalações da 'Chábom', no Parque Empresarial de Câmara de Lobos.

O presidente do Governo Regional e recandidato ao cargo pelo PSD, Miguel Albuquerque, afirmou, esta manhã, que é ele quem está em melhores condições para negociar com o Governo da AD em Lisboa "um conjunto de questões que estão pendentes e que têm de ser resolvidas", pois tem “credibilidade”, ao contrário do candidato socialista, Paulo Cafôfo, que, quando esteve no executivo nacional “não fez nada” para resolver os problemas da Madeira e ficou “conhecido por ser o pior secretário de Estado das Comunidades Portuguesas”.

“Ele [Paulo Cafôfo] não tem credibilidade para negociar com o Governo da República. O Governo da República é um governo da AD e quem tem essa credibilidade sou eu”, referiu Albuquerque em declarações à RTP, prestadas à margem da visita às novas instalações da empresa ‘Chábom’, no Parque Empresarial de Câmara de Lobos. O político madeirense assegurou que mantém relações com o primeiro-ministro, apesar deste não participar na campanha eleitoral na Madeira, e declarou que “a única divergência que há” com Luís Montenegro tem a ver com “uma má decisão política não termos um candidato da Madeira [em lugar elegível] para o Parlamento Europeu”. “A minha obrigação é defender a Região. Eu não confundo as relações pessoais e muito menos políticas com posições que temos que tomar. Porque hoje estão habituados a políticos agachados e eu não sou muito agachado. Tenho de defender a Região Autónoma da Madeira”, acrescentou.

Quanto ao relacionamento com o governo nacional, Albuquerque tem já um rol de assuntos para tratar, caso vença as eleições de domingo. A primeira prioridade é a revisão da Lei das Finanças Regionais, de modo a que "as regiões autónomas tenham maior capacidade fiscal ". A ideia passa por ter uma margem para baixar impostos superior ao actual diferencial de 30% face às tabelas nacionais. No caso do IRC, pretende baixar a taxa dos actuais 14,7% para 10%, e no caso do IRS, quer "uma redução para além dos 30% em alguns escalões". Também pretende que o Estado comparticipe no pagamento dos sobrecustos da saúde e da educação nas regiões autónomas e o alargamento dos poderes autonómicos na gestão do mar territorial da Madeira. Outra vertente das reivindicações tem a ver com a área da segurança, designadamente os investimentos necessários nas esquadras policiais na Madeira, o subsídio da insularidade para os elementos das forças da ordem e a assunção pelo Estado dos custos com os subsistemas de saúde da PSP, GNR e Forças Armadas.

Albuquerque disse que "o primeiro-ministro sabe" destas reivindicações, já que "tudo isso já está a ser trabalhado pelos dois governos e com o Professor Paes Ferreira".