CDS insiste na antecipação da idade da reforma para os madeirenses
Foi numa acção de campanha na Calheta que a candidatura do CDS/PP às Eleições Regionais do próximo domingo voltou a abordar a idade da reforma dos madeirenses, defendendo que a mesma deverá ser antecipada face ao que se verifica no resto do País.
Num concelho onde o partido tem alguma força, José Manuel Rodrigues voltou a expor os argumentos que o levam a defender esta medida, nomeadamente pelo facto de a esperança média de vida ser inferior dois aos, na Região. “Os madeirenses, em média, vivem menos dois anos do que os continentais", ressalvou o cabeça-de-lista, e porque "a idade da reforma está indexada à esperança de vida", propõe uma alteração à lei de bases da Segurança Social, no sentido de contemplar essa antecipação em dois anos. "Os madeirenses descontam igual aos continentais, contribuem da mesma forma, vivem menos tempo, portanto devem ter o direito de se reformar mais cedo", observou.
No âmbito desta ação de campanha, no concelho da Calheta, o candidato voltou a reforçar que "a Madeira tem vindo a registar taxas de crescimento económico assinaláveis, mas sem reflexos na melhoria da qualidade de vida das populações", razão pela qual diz ser prioritário o aumento dos salários e a redução da carga fiscal. A par disso, entende que o subsídio de insularidade que é atribuído aos funcionários públicos da Madeira e do Porto Santo deve ser atribuído a todos os madeirenses.
Em declarações à comunicação social, o presidente do partido na Região disse ser lamentável que o CDS seja o único partido a falar sobre autonomia no decorrer destas eleições. Segundo José Manuel Rodrigues, os candidatos deviam abordar as várias questões respeitantes à governação regional, onde se inclui a relação da Região com a República.
Não estão a ser discutidas questões como a revisão da constituição, como vamos aprofundar os poderes legislativos do parlamento regional, designadamente para criar um sistema fiscal próprio na região, favorável ao investimento privado, à criação de emprego e à criação de riqueza. Não estamos a falar sobre a lei das finanças das regiões autónomas para reforçar a solidariedade do Estado para com as duas regiões autónomas, Madeira e Açores, designadamente para a cobertura dos custos de insularidade, mas também dos custos de soberania para cumprir o princípio da continuidade territorial entre os cidadãos e evitar que os portugueses da Madeira e Açores se sintam portugueses de segunda. José Manuel Rodrigues, cabeça-de-lista do CDS/PP Madeira
É por tudo isso que José Manuel Rodrigues entende ser necessário reerguer a bandeira da autonomia. "Este PSD deixou cair a bandeira da autonomia. E está na altura de alguém erguer a bandeira da autonomia", dando conta de que o CDS tem vindo a assumir esse papel, mais um argumento para o voto no CDS, apontou.
"Nós somos um partido de confiança, um partido com sentido de responsabilidade. O CDS é o único partido que garante um voto seguro aos madeirenses", argumentou.