"Ele não sabe fazer contas, o PS nunca soube fazer contas", disse Miguel Albuquerque à chegada ao Centro de Congressos da Madeira, comentando as promessas de Paulo Cafôfo que garante que, se ganhar as eleições, haverá creches gratuitas, bem, como propinas nas universidades.

Para concretizar as promessas do PS, diz, "eram precisos três orçamentos".

O presidente do Governo Regional e do PSD-Madeira participa na sessão de abertura do Dia do Empresário, organizado pela ACIF, mas começou por comentar a actualidade política. 

Albuquerque compreende a apreensão dos empresários, face à instabilidade política e considera que isso só pode ser contrariado com a eleição de um governo estável. “Têm toda a razão, por isso é que precisamos de estabilidade política. Um dos motes fundamentais da minha campanha é a necessidade de termos estabilidade governativa porque isso traz consequências imediatas na confiança dos agentes económicos, nas famílias e no investimento", sublinhou.

O presidente do Governo lembra que foi possível avançar com medidas, para habitação, apoio a idosos e apoios sociais, incluídos no PRR, mesmo estando o governo em gestão, mas a situação actual tem constrangimentos, nomeadamente ao nível de progressão nas carreiras.

Questionado sobre as eleições, garante que o objectivo do PSD é ganhar e não comenta possíveis acordos.

Confrontado com a 'frente de esquerda' que enfrenta nestas eleições, diz que não é novidade. "Há uma frente de esquerda mas isso acontece há 48 anos, de um lado o PSD e do outro a esquerda. É sempre assim, é recorrente o frentismo de esquerda", garante.

Também sobre o caso judicial que levou à queda do governo, garante que nada avançou e que se trata de uma "denúncia anónima" que está em fase de averiguações. “Não há nada de novo, neste momento há uma averiguação que não é instrução, nem condenação, é preciso saber distinguir as coisas", afirmou.