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Madeira

'Francisco Franco' recebeu palestra 'O Jardim no Quotidiano Madeirense'

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'O Jardim no Quotidiano Madeirense: Das Conexões à Perda de Vínculos no Jardim Flutuante' foi o tema de uma palestra que Martinho Mendes, investigador no CEHA (Centro de Estudos de História do Atlântico - Alberto Vieira), proferiu na Escola Secundária de Francisco Franco para várias turmas, a convite do Projecto Wild FF, no contexto da Educação para a Cidadania e Sustentabilidade – Saúde e Interculturalidade.

Falando do jardim: espaço de lazer, de sedução e encontro, num tom veemente e apaixonado, o professor e investigador Martinho Mendes transportou a jovem audiência aos jardins madeirenses ancestrais, através de uma viagem repleta de memórias, registos fotográficos e alusões à história da ocupação da ilha, indica nota à imprensa. 

Falou dos diversos gostos e estilos que moldaram estes espaços através dos tempos, desde os luxuriantes jardins das quintas de famílias abastadas aos modestos jardins dos camponeses. Nas quintas, eram vastos espaços que incluíam recantos propícios ao silêncio, à contemplação e ao deleite. Elementos arquitetónicos como os mirantes, varandas e casinhas de prazer, característicos destes jardins, convidavam ao convívio tranquilo".   Escola Secundária de Francisco Franco 
Alguns destes lugares idílicos já desapareceram, destruídos pela construção de bairros habitacionais, como aconteceu à Quinta Deão. Deles resta apenas a memória, cristalizada na toponímia e nos registos fotográficos depositados no Museu Vicentes e no acervo das famílias. A sedução pelo exotismo impregna a história dos jardins madeirenses, tendo levado à transformação da paisagem natural, através da introdução de espécies exóticas vindas dos quatro cantos do mundo".   Escola Secundária de Francisco Franco 

"A partilha destas plantas favoreceu a sua propagação além dos jardins das quintas. Transbordando para o meio natural, algumas delas revelaram um comportamento invasor, ameaçando agora a biodiversidade local", acrescenta a escola. 

E conclui: "Ao abordar O jardim: paragão da obra maior, Martinho Mendes ofereceu aos presentes um vislumbre do jardim privado de Lourdes Castro, convidando-nos a revisitar o Grande Herbário de Sombras, documento da longa relação desta artista madeirense com as plantas. Tal como Lourdes Castro, olhámos para o seu jardim como quem contempla uma grande tela, onde cada planta adicionava matizes e texturas".