Candidato do MPT critica "deputados que se vendem por tremoços"
O cabeça de lista do MPT às eleições antecipadas de domingo na Madeira, Valter Rodrigues, criticou hoje "os deputados que se vendem por tremoços", sublinhando que o partido fará a diferença na Assembleia Legislativa Regional.
"Obviamente nós temos a expectativa de [eleger] um deputado, porque a população acredita nesta mudança, acredita que é preciso algo novo naquela Assembleia, algo que lute por eles, não que se fique com promessas, com tremoços, deputados que se vendem por tremoços", afirmou.
Valter Rodrigues falava aos jornalistas no decurso de uma iniciativa de campanha da candidatura do Movimento Partido da Terra (MPT) junto ao Hospital Dr. Nélio Mendonça, no Funchal, onde defendeu o reforço dos apoios do Governo para o setor da saúde.
"Comigo na Assembleia Regional vamos, primeira coisa, garantir que esta gestão hospitalar vai ser feita em qualidade, vamos dar mais recursos aos médicos, enfermeiros e aos próprios utentes para que possamos ter uma saúde pública de qualidade", disse.
O cabeça de lista do MPT, que tem 43 anos e é empresário no ramo da construção civil, garante que o partido conhece os problemas da saúde na região e prometeu fazer uma "fiscalização apertada" para melhorar o sistema caso seja eleito deputado no próximo domingo.
Valter Rodrigues disse, por outro lado, que a campanha do Movimento Partido da Terra está a correr "muito bem", destacando os contactos com "algumas comunidades mais pequenas", nomeadamente de cariz religioso.
"Dizem que é preciso uma mudança, é preciso alguém que lute por elas, e nós vamos fazer essa diferença e vamos olhar especificamente para a toxicodependência dos jovens, que é preciso tirar das ruas, mas com planos eficientes", sublinhou.
Nas eleições regionais de 24 de setembro de 2023, o Movimento Partido da Terra foi a segunda força com menos votos, logo a seguir ao ADN, obtendo 696 votos (0,53%), num universo de 135.446 votantes.
As legislativas de domingo na Madeira decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.
As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco, o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.