PS garante reduzir listas de espera na saúde
O candidato do PS-Madeira à presidência do Governo Regional, Paulo Cafôfo, assumiu, esta segunda-feira, o compromisso de reduzir as listas de espera, assim como melhorar o acesso à saúde na Região Autónoma da Madeira, alertando as pessoas para não "caírem no eleitoralismo do PSD".
Em campanha no Porto Moniz, na tarde desta segunda-feira, Cafôfo enalteceu o trabalho social que tem vindo a ser desenvolvido pela autarquia, aproveitando para abordar a questão da reabertura do serviço de urgência local no período noturno: "Durante vários anos, tivemos aqui um concelho que precisa de incentivos para atrair e fixar pessoas e aquilo que este Governo fez foi fechar as urgências. Agora, a pouco menos de um mês das eleições, reabriu as urgências 24 horas por dia numa medida eleitoralista", denunciou.
Advertiu as pessoas para "não caírem neste eleitoralismo", referindo que "ninguém garante que se o PSD ganhasse as eleições – o que acredita que não irá acontecer – não voltaria a encerrar o serviço".
"Isto é muito importante em termos de segurança das pessoas, porque estamos a falar de uma população muito envelhecida, para a qual são essenciais estes cuidados de saúde de proximidade", frisou.
O líder socialista recordou também que, em 2015, Miguel Albuquerque prometeu resolver o problema das listas de espera na Saúde, mas não só não o fez, como essas listas praticamente duplicaram, atribuindo as responsabilidades por esta situação ao PSD, porque foi o único partido que governou a Região.
Neste sentido, o cabeça-de-lista pelo partido às eleições do próximo dia 26 assume como compromisso a redução das listas de espera e a garantia do acesso à saúde. “Queremos que as 45 mil pessoas que estão à espera de uma consulta e as 18 mil que estão à espera de uma cirurgia tenham uma resposta, porque com a saúde dos madeirenses não se pode brincar, nem a saúde dos madeirenses pode ficar em lista de espera”, afirmou, aditando o facto de o tempo de espera para uma cirurgia na Região ser de 36 meses, quando no continente é de três meses. Paulo Cafôfo preconiza a implementação de tempos máximos de resposta garantidos para cada situação clínica, esgotando a capacidade do Serviço Regional de Saúde e, uma vez esgotada essa capacidade, então complementar o acesso à saúde no privado, a expensas do Governo Regional.
Outro dos temas abordados foi o das dificuldades no acesso à habitação. Paulo Cafôfo disse que, com um Governo socialista, será criada uma garantia pública da Região para o financiamento a "100% do crédito à compra da primeira habitação, para pessoas até aos 40 anos, sem que, assim, tenham de dar a entrada inicial. É também objectivo dos socialistas aumentar os apoios ao arrendamento e a construção de mais habitações a custos controlados, e não como agora se vê, com o actual Executivo a pôr casas no mercado quase ao preço que estão nas imobiliárias", refere um comunicado de imprensa enviado esta tarde às redacções.
Cafôfo reiterou também que o único voto que pode fazer a diferença e é o voto no PS. “Muito recentemente, assistimos ao líder do Chega aqui na Região dizer que não tem portas fechadas para o PSD. Já vimos também Miguel Albuquerque dizer que não há linhas vermelhas com o Chega nem com nenhum outro partido, porque o que quer, efectivamente, é agarrar-se ao poder”, referiu, denunciando este “claro entendimento pré-eleitoral” e alargando também o alerta a partidos como o CDS, o PAN e a Iniciativa Liberal. “Estes partidos, no dia das eleições, se for necessário darem a mão a Miguel Albuquerque, vão fazê-lo. Depositar um voto nesses partidos é estar a dar um voto a Miguel Albuquerque para que continue tudo na mesma”, reforçou, vincando que só o PS pode virar a página na Região e na vida das pessoas.