ADN alerta para falta de investimento na rede de saneamento básico no Funchal
A candidatura do ADN às eleições antecipadas de domingo na Madeira alertou hoje para a falta de investimento em estruturas de saneamento básico em "muitas zonas do Funchal" e avisou para situações de risco para a saúde pública.
"O saneamento básico não é uma responsabilidade apenas das câmaras municipais, mas também do próprio Governo Regional, que está em falta com esse compromisso com os cidadãos", disse o cabeça de lista do Alternativa Democrática Nacional (ADN), Miguel Pita, no âmbito de uma ação de campanha na freguesia de Santo António, uma das mais populosas do concelho, com cerca de 26 mil habitantes.
O candidato, que é gerente hoteleiro de profissão, considerou que a fiscalização e a manutenção das redes de saneamento básico são deficientes e têm gerado "várias situações de risco para a saúde pública", devido às descargas de esgotos e fossas para as ribeiras e para as levadas.
"Por outro lado, também queríamos lembrar que estamos perto da época balnear e nessa época balnear as pessoas poderão ter o contraste entre uma bandeira azul e dejetos a flutuar ao mesmo tempo", alertou.
Miguel Pita lamentou que em pleno século XXI a rede de saneamento básico esteja em falta em muitas áreas do concelho, sobretudo nas zonas altas, vincando que a candidatura do ADN defende a realização de um levantamento dos problemas e o reforço do investimento no setor.
A sete dias das eleições, o candidato do Alternativa Democrática Nacional faz um "balanço positivo" da campanha e sublinha o "trabalho forte no sentido de ganhar credibilidade perante o eleitorado regional".
"Temos uma boa aceitação das pessoas", disse, para logo acrescentar: "Os temas que nós desenvolvemos são temas diferentes dos outros, somos inovadores em muitos temas e até em alguns que custam votos, mas acabamos sempre por defender a nossa ideologia, independentemente da caça ao voto".
Miguel Pita mantém a expectativa de ser eleito deputado, lembrando que, embora o ADN tenha sido o partido menos votado em 13 candidaturas nas últimas eleições regionais (617 votos -- 0,47%, num universo de 135.446 votantes), subiu para cerca de 2.300 votos no círculo da Madeira nas eleições nacionais de 10 de março.
As legislativas de domingo na Madeira decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.
As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco, o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.