Colômbia corta relações diplomáticas com Israel e acusa Netanyahu genocídio
O Presidente colombiano, Gustavo Petro, anunciou hoje que pretende cortar todas as relações diplomáticas com Israel, descrevendo o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu como um "genocida".
"Amanhã [quinta-feira], as relações diplomáticas com o Estado de Israel serão cortadas", declarou Petro, o primeiro Presidente de esquerda da história da Colômbia, num discurso aos seus apoiantes em Bogotá.
Em 20 de fevereiro, Petro já tinha acusado Israel de cometer um "genocídio" contra os palestinianos na Faixa de Gaza, manifestando a sua "total solidariedade" com o seu homólogo brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, mergulhado numa crise diplomática por ter comparado a ofensiva israelita ao extermínio dos judeus pelos nazis.
O Brasil e a Colômbia estão a apoiar o processo histórico apresentado pela África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça (TIJ), em Haia, por alegada violação da Convenção sobre o Genocídio de 1948.
Petro anunciou depois a suspensão da compra de armas fabricadas por Israel, um dos principais fornecedores das forças de segurança do país sul-americano, reiterando as suas afirmações sobre o "genocídio" em curso em Gaza, que "faz lembrar o Holocausto, mesmo que as potências mundiais não gostem de o reconhecer".