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Regionais 2024 Madeira

Livre propõe IVA a 3,5% nos produtos regionais da agricultura biológica

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A cabeça de lista do Livre às eleições antecipadas da Madeira, Marta Sofia, defendeu hoje a redução do IVA para 3,5% nos produtos regionais da agricultura biológica e propôs a criação de incentivos para expandir as áreas de cultivo.

"Podemos falar da necessidade de nos dedicarmos um pouco mais aos nossos terrenos, que antigamente eram cultivados e que hoje em dia se transformam em lotes de apartamentos", alertou, apelando também ao associativismo na área dos produtores biológicos, para reforçar o consumo regional da produção agrícola.

Marta Sofia falava aos jornalistas numa ação de campanha no Mercado do Santo da Serra, freguesia do interior do concelho de Santa Cruz, que contou com a presença do porta-voz do Livre Rui Tavares.

A comitiva percorreu a área do mercado já depois das 15:00, numa altura com menos movimento face ao período da manhã, mas o dirigente nacional foi abordado por muitas pessoas e até recusou alguns convites para uma bebida.

"A gente já passa aqui. Eu agora ainda estou enjoado das curvas", justificou-se perante o proprietário de um bar, para depois explicar que tinha viajado no banco de trás do carro, pela estrada antiga.

Rui Tavares participou nas iniciativas da candidatura no sábado e de hoje, e pondera agora voltar no decurso da próxima semana, a segunda e última de campanha para as legislativas de 26 de maio.

"Aproveitámos para falar da agricultura neste mercado, que é também um contacto de proximidade à produção local", explicou, por sua vez, a cabeça de lista, Marta Sofia, que não é filiada no partido, vincando que a proposta para reduzir o IVA para 3,5% nos produtos biológicos visa incentivar a sua produção e o consumo.

O Livre estreou-se nas eleições legislativas regionais em setembro de 2023 e obteve 858 votos (0,65%).

As legislativas da Madeira de 26 de maio decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco, o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.