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Regionais 2024 Madeira

Chega quer redistribuir impostos para aumentar prosperidade da população

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O cabeça de lista do Chega às eleições regionais da Madeira, Miguel Castro, defendeu hoje, na Ribeira Brava, a redistribuição dos impostos do turismo para aumentar a prosperidade económica da população.

"O que nós temos que fazer é uma reforma na política regional", disse à agência Lusa Miguel Castro, no âmbito de uma ação de campanha. No contacto com a população, relatou, ouviu queixas de que o Governo Regional "se gaba de que tem os cofres cheios, mas as famílias estão cada vez mais empobrecidas".

Para o também deputado regional, "essa riqueza, devida realmente à captação de impostos ao turismo, que é bastante forte", deve ser redistribuída para que a Madeira tenha "uma população mais próspera e mais autónoma financeiramente".

Na Ribeira Brava, onde a lista teve hoje uma tenda de campanha, no centro, o pedido mais formulado foi, segundo Miguel Castro, "uma reforma do sistema político, uma mudança e, obviamente, uma maior atenção às zonas mais altas" do concelho.

"Pedem-nos também que, de uma vez por todas, quem governa se deixe de promessas e que haja a tão desejada reestruturação do centro da vila", afirmou, sublinhando que aquele território "já foi um ponto de referência e de paragem entre o sul e o norte da ilha" da Madeira e deve "voltar a ter o mesmo dinamismo".

No seu entender, "as obras que foram efetuadas no final da década de 90 fizeram com que se afastasse muito as pessoas que passavam, que vinham do Funchal e se dirigiam para o norte".

Nas localidades próximas, o Chega quer dar voz aos pedidos de atenção "ao nível de estradas, de saneamento básico e dos apoios às famílias".

A "primeira prioridade" do partido é "precisamente aquela que faz com que existam estes desequilíbrios sociais", ou seja, "o combate à corrupção".

Para Miguel Castro, "esse tipo de governação que tem acontecido na Madeira faz com que haja uma muito pequena percentagem de pessoas, ligadas aos governos e ao poder local, a ficarem cada vez mais ricos e a população em geral a ficar cada vez mais pobre".

Essa desigualdade, acrescentou, "indicia que existe corrupção no poder político", um problema que o Chega quer combater tornando "todo o exercício político mais transparente".

O partido concorre com o seu líder regional às eleições regionais de 26 de maio, nas quais outras 14 candidaturas (ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU - PCP/PEV, Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP) disputam os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

Em 2023, à segunda tentativa, o partido chegou ao parlamento regional, com quatro deputados, e afirma agora querer dar continuidade ao trabalho que foi interrompido.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

No ano passado, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11 e o JPP cinco, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.