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Regionais 2024 Madeira

ADN defende incentivos aos agricultores e melhor distribuição de água

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O cabeça de lista do Alternativa Democrática Nacional (ADN) às eleições regionais da Madeira defendeu hoje que é necessário dar incentivos aos agricultores, aumentando o preço que é pago pelo produto, e efetuar melhorias na distribuição dos recursos hídricos.

A candidatura encabeçada por Miguel Pita deslocou-se esta manhã ao Mercado do Santo da Serra, no concelho de Santa Cruz, para contactar com comerciantes e população.

Os comerciantes do mercado, que pelas 12:00 registava uma grande afluência, aproveitada por vários partidos políticos para fazer campanha eleitoral, referiram problemas como a falta de luz no inverno e a chuva que entra na infraestrutura.

Estando num mercado agrícola, Miguel Pita quis realçar que o agricultor tem de ser "mais reconhecido" e que "os intermediários continuam a ganhar mais do que os produtores".

"E isso, claro, está muito mal, tem de haver aqui o bom senso de incentivar os agricultores a este setor primário, caso contrário mais cedo ou mais tarde as pessoas vão desistindo e acabará por terminar", afirmou.

No caso do setor da banana, por exemplo, que é gerido por uma empresa pública do Governo Regional, é preciso, na sua opinião, "ser mais coerente nos valores", para que a margem de lucro seja distribuída de forma mais justa.

Miguel Pita salientou também que na região há "muito desperdício" de água, porque, apesar do investimento na captação, há "má manutenção na distribuição".

"Muitas vezes a água não chega ao agricultor porque, pelo caminho, há despejos ilegais de detritos que vão obstruindo as levadas", referiu.

O ADN foi o partido menos votado nas últimas eleições, em 2023, tendo obtido 617 votos (0,47%) num universo de 135.446 votantes.

A coligação PSD/CDS venceu então sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco, o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.

As próximas legislativas da Madeira decorrem em 26 de maio, com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único.

O sorteio da ordem no boletim de voto colocou o Alternativa Democrática Nacional (ADN) em primeiro lugar, seguindo-se Bloco de Esquerda (BE), Partido Socialista (PS), Livre (L), Iniciativa Liberal (IL), Reagir, Incluir, Reciclar (RIR), CDU -- Coligação Democrática Unitária (PCP/PEV), Chega (CH), CDS -- Partido Popular (CDS-PP), Partido da Terra (MPT), Partido Social-Democrata (PPD/PSD), Pessoas-Animais-Natureza (PAN), Partido Trabalhista Português (PTP) e Juntos Pelo Povo (JPP).

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.