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Regionais 2024 Madeira

Catarina Martins junta-se à campanha para lembrar que todos os votos contam

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Foto Líbia Florentino/Global Imagens

A campanha do BE às regionais da Madeira contou hoje com a cabeça de lista às europeias no Estreito de Câmara de Lobos, onde Catarina Martins lembrou que o voto "não tem de ser sempre a favor dos grandes".

"Dona Catarina, gosto de a ver na televisão e de a ver a falar, diz muitas verdades", afirmou uma madeirense, dirigindo-se à ex-coordenadora nacional do BE, que esteve esta manhã a apoiar a candidatura encabeçada por Roberto Almada, numa visita ao mercado do Estreito de Câmara de Lobos, onde estiveram também em campanha as candidaturas do RIR e do PSD.

Com cerca de duas dezenas de apoiantes e militantes, com bandeiras do partido e da comunidade LGBTQIAP+ (lésbicas, gays, bissexuais, transgénero, queer, intersexuais, assexuais, pansexuais e outras orientações sexuais e identidades de género), a caravana bloquista recebeu palavras de força e apelos de mudança à governação de 48 anos do PSD na Madeira.

"Não se desiste da luta quando é justa", reforçou Catarina Martins, ladeada por Roberto Almada, que entregava canetas "para votar bem" e lembrava que o BE é o número dois no boletim de voto.

Um dos comerciantes comentou que a situação na região "está mal e ainda vai piorar depois das eleições", ao que a ex-coordenadora bloquista apelou ao voto.

"O continente está frio ou quê?", questionou outro comerciante, manifestamente surpreendido com a presença de Catarina Martins na ilha da Madeira.

A cabeça de lista às europeias de 09 de junho entrou em cafés e até um casal de franceses a reconheceu da televisão. Passou por sítios onde esteve nas eleições de 2023, reencontrando pessoas com quem tirou uma fotografia.

"Fala muito bem na televisão", indicou uma madeirense, desejando sorte à candidatura do BE, ao que Catarina Martins respondeu: "Toda a gente tem sorte, agora conta quem tem votos."

Roberto Almada reforçou que o povo não pode votar sempre no mesmo e esperar que as coisas mudem.

"As pessoas já querem mudança, a maioria", desabafou uma outra residente de Câmara de Lobos.

Numa mesa da esplanada, onde se bebia cerveja e se jogava às raspadinhas, um grupo de madeirenses queixou-se das palavras do atual presidente do Governo Regional e cabeça de lista do PSD, Miguel Albuquerque, por dizer que a taxa de risco de pobreza na região "é normal", e acrescentou que "para ele é tudo normal".

"Vai ganhar mais um deputado, se Deus quiser", antecipou um apoiante do BE na rua, onde também houve quem se manifestasse "anti-Bloco de Esquerda" e rejeitasse o folheto de campanha.

Em declarações à agência Lusa, Catarina Martins disse que está na Madeira porque o trabalho de Roberto Almada no parlamento regional "tem sido extraordinário", com uma luta diária "pelas condições de vida" e "contra a corrupção". Além disso, criticou a "hipocrisia horrível de Miguel Albuquerque, que acha que a pobreza não é um problema, porque é só risco de pobreza, que é insultar as pessoas que vivem com dificuldade".

"Precisamos que o Bloco de Esquerda tenha força e é por isso que eu cá estou", indicou, apostando na eleição de dois deputados.

Em 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta, com 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.

Catorze candidaturas disputam nas regionais antecipadas de 26 de maio os 47 lugares no parlamento regional: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.