Ministério da Educação sem indícios de linchamento de criança nepalesa após recolher novos dados
O Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI) referiu hoje, após ter recolhido novas informações, que "não há qualquer indício" que tenha ocorrido um linchamento contra uma criança nepalesa, numa escola do concelho da Amadora.
Em comunicado, o ministério liderado por Fernando Alexandre explicou que uma equipa do MECI reuniu hoje com a direção do Centro Padre Alves Correia (CEPAC), a "pedido desta instituição", que denunciou o caso da alegada agressão a uma criança nepalesa, com 9 anos.
O MECI adiantou que a direção do CEPAC relatou a sua versão do caso noticiado em 14 de maio, destacando que apresentou "detalhes e contornos distintos face à informação divulgada a um órgão de comunicação social".
"Mesmo com as novas informações disponibilizadas pelo CEPAC, não há qualquer indício de ter ocorrido um "linchamento" na escola da Amadora indicada pela associação. O caso está agora a ser acompanhado pelas autoridades competentes", sublinhou.
O ministério liderado por Fernando Alexandre garantiu ainda que "está atento e condena todos os casos de violência, sejam sobre crianças estrangeiras ou portuguesas, que obviamente têm de ser sempre denunciados".
O Ministério Público abriu um inquérito à alegada agressão a uma criança nepalesa numa escola, mas esclareceu que a queixa apresentada não indica a nacionalidade da vítima, informou esta quinta-feira a Procuradoria-Geral da República (PGR).
Também em resposta à Lusa, a PSP tinha referido esta quinta-feira que não recebeu qualquer queixa por parte do CEPAC.
A Rádio Renascença noticiou na terça-feira que um menino nepalês de 9 anos foi agredido numa escola de Lisboa e que a denúncia foi feita pela diretora executiva de uma instituição da Igreja, o Centro Padre Alves Correia, que considerou que "as motivações dos outros menores foram xenófobas e racistas".´
Na quarta-feira, o Ministério da Educação já tinha apontado que a escola, do concelho da Amadora, distrito de Lisboa, onde foi denunciada uma agressão violenta a uma criança nepalesa de 9 anos desconhecia "o alegado episódio" e que os únicos estudantes nepaleses do estabelecimento frequentam o ensino secundário.