Governo italiano de extrema-direita aumenta pressão sobre liberdade de imprensa
A pressão sobre a liberdade de imprensa aumentou em Itália desde a chegada do governo de extrema-direita, dirigido por Giorgia Meloni, criticaram hoje várias organizações não governamentais (ONG), depois de uma missão no terreno.
Estas ONG ficaram particularmente inquietas com as ações judiciais por difamação -- a própria Meloni processou o jornalista e escritor Roberto Saviano -- e a tomada de controlo de uma importante agência noticiosa por um deputado de extrema-direita.
Esta missão de dois dias, feita pela Federação Europeia de Jornalistas (EFJ, na sigla em Inglês), estava prevista para o outono, mas foi antecipada devido a "desenvolvimentos inquietantes", explicou Andreas Lamm, do Centro Europeu para Imprensa e a Liberdade de Imprensa (ECPMF, na sigla em Inglês), durante uma conferência de imprensa em Roma.
A missão de acompanhamento da ECPMF, que contabiliza os incidentes que afetam a liberdade de imprensa, como os processos judiciais ou as agressões físicas, constatou uma deterioração em Itália, de 46 casos em 2022 para 80 em 2023 e 49 desde janeiro deste ano.