RIR acusa PS e PSD de quererem governar para "próprio benefício"
A cabeça de lista do Reagir Incluir Reciclar (RIR) às eleições regionais da Madeira, Liana Reis, acusou hoje PSD e PS de quererem governar "para próprio benefício" e não em prol da população.
"Isto é uma corrupção autêntica, isto é só encher os próprios bolsos e eles [políticos] estão-se marimbando mesmo para a comunidade. E isto não pode ser assim, a política tem de funcionar em prol das necessidades da população e não ao contrário", afirmou Liana Reis, em declarações aos jornalistas.
"E, neste momento, o que nós vemos é: tanto PSD, como PS, querem governar para próprio benefício e não ao contrário", acusou a candidata, falando no decurso de uma visita ao bairro social da Nogueira, no concelho de Santa Cruz, no âmbito da campanha eleitoral para o sufrágio de dia 26.
A cabeça de lista considerou que o RIR "é um partido à séria", assumindo que, se for eleita deputada, irá "marcar pela diferença" e defender os interesses dos madeirenses.
"Nós temos de fazer a diferença e é isso que nós estamos a apelar às pessoas. O objetivo é mesmo ser eleita, não por mim, mas sim para defender a população. Eu sou enfermeira de profissão, o que é que eu faço? Eu defendo os meus doentes, portanto se eu for eleita garantidamente irei defender os interesses e os direitos da comunidade", reforçou Liana Reis.
Relativamente ao bairro da Nogueira, onde a candidatura do RIR passou hoje a manhã, Liana Reis disse ser uma realidade que desconhecia, mesmo sendo madeirense.
"Sabia que o Bairro da Nogueira tinha problemas, mas nunca pensei que fossem assim tantos. Além da toxicodependência, provavelmente até situações de prostituição devido à situação de pobreza, nunca pensei que isto estivesse neste estado autêntico de abandono", apontou.
A candidata referiu também que existem "casas completamente degradadas" e "pequenas obras a serem financiadas pelos arrendatários".
Nas últimas eleições regionais, em 24 de setembro de 2023, o RIR foi a terceira força menos votada, num total de 13 candidaturas, obtendo 727 votos (0,55%), num universo de 135.446 votantes.
As legislativas da Madeira decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.
As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.