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Utentes deslocados na ilha do Faial realojados por falta de quartos disponíveis nos hotéis

Ilha de São Miguel
Ilha de São Miguel, Foto Shutterstock

Os utentes da ilha de São Miguel, nos Açores, que se encontram no Faial a fazer hemodiálise vão ser realojados por falta de disponibilidade dos hotéis onde foram inicialmente acolhidos, explicou hoje a secretária regional da Saúde.

"Quando os hotéis foram contactados para receber estes utentes não houve qualquer tipo de hesitação. Contudo, atendendo às festividades da próxima semana, não há disponibilidade dos hotéis, que já tinham compromissos assumidos e, claro, que a nossa preocupação foi continuar a acautelar uma resposta social de alojamento, alimentação e pagamento de diárias a estes utentes, de forma digna", afirmou, em declarações à Lusa, a secretária regional da Saúde e Segurança Social, Mónica Seidi.

Em causa estão 31 utentes, que foram transferidos para a ilha do Faial para continuar os tratamentos de hemodiálise, após o incêndio que deflagrou no dia 04 de maio no Hospital do Divino Espírito Santo, em Ponta Delgada, na ilha de São Miguel, que impossibilitou a prestação do serviço naquela unidade.

Na segunda-feira, comemora-se o Dia dos Açores e as celebrações oficiais, que distinguem 31 personalidades ou instituições, vão ocorrer na ilha do Faial, seguindo-se a realização do plenário de maio da Assembleia Legislativa da Região Autónoma dos Açores, na mesma ilha.

Os hotéis onde estavam alojados os utentes informaram que não tinham quartos disponíveis a partir da hora de almoço de domingo, o que levou a tutela a procurar soluções alternativas.

Parte dos doentes ficará alojada no centro de estágios do Serviço de Desporto da Ilha do Faial que, segundo Mónica Seidi, "ainda o ano passado foi remodelado".

Os restantes "serão distribuídos por uma residencial, uma hospedaria e apartamentos que são designados por apartamentos militares".

"São soluções que continuarão a dar dignidade aos nossos utentes e, além disso, queremos continuar a acautelar os cuidados com a alimentação, porque estamos a falar de utentes com uma patologia específica e que tem de ter algum controlo alimentar associado, assim como o pagamento de diárias", salientou a titular da pasta da Saúde.

A governante manifestou disponibilidade para que os utentes regressem às unidades hoteleiras onde estavam, assim que possível.

"Não tenho presente quando é que passará a haver novamente disponibilidade, mas se for decidido regressarem aos hotéis, por uma questão de maior comodidade, não temos nada contra isso. O nosso desejo é que estes doentes regressem sim ao seu lar, à sua ilha, o mais rapidamente possível", apontou.

O Hospital do Divino Espírito Santo está a retomar gradualmente tratamentos oncológicos e consultas, mas o serviço de hemodiálise aguarda ainda por análises à água para voltar a fazer tratamentos.