“O maior apoio que o Marítimo podia ter era que a Câmara não complicasse a vida do clube”
Carlos André Gomes critica a edilidade funchalense no que concerne ao licenciamento do estádio ainda não atribuído
À margem da inauguração do Arquivo e História Adelino Rodrigues, situado no estádio do Marítimo, Carlos André Gomes foi bastante crítico para com a actual vereação da Câmara Municipal do Funchal, particularmente para com o vereador João Rodrigues. “O maior apoio que o Marítimo necessita, neste momento, é que a Câmara Municipal do Funchal viabilize a licença de utilização do estádio e não ande aqui a complicar a vida do clube”, atirou.
Confrontado porque razão o estádio ainda não foi licenciado, o presidente da Direcção maritimista foi lacónico: “perguntem à Câmara que eu não sei”.
Refira-se que as obras de demolição dos muros circundantes à entrada do estádio à Rua Dr. Pita, de forma a construir uma praça central e, dessa forma, viabilizar os investimentos privados que aí vão surgir, foram embargadas pela edilidade funchalense quando, em primeira análise, e de acordo com Carlos André Gomes, o clube tinha recebido um oficio da câmara, no qual a mesma não se oponha a essa demolição.
“Hoje o Marítimo foi confrontado com um novo ofício da Câmara, pelo qual é solicitado toda uma revisão do processo de licenciamento do estádio que já havia sido entregue nos serviços camarários”, revela o presidente do Marítimo.
Marítimo revê-se na mudança do quadro de apoio ao desporto
Ainda confrontado com as declarações de Miguel Albuquerque, presidente em gestão do governo regional da Madeira, que se compromete a rever o quadro de apoio ao desporto na Madeira, Carlos André Gomes vê essas declarações “como um reconhecimento do governo pela importância que o desporto tem na Região e, nesse aspecto, é uma posição que devemos enaltecer”, assegurando que “se for essa a posição do futuro governo regional, o Marítimo revê-se nessas declarações”, mas recusou-se em colocar fasquias relativamente às verbas que venham a ser atribuídas ao futebol profissional. “Ainda estamos focados na possibilidade de chegar à I Liga e depois o quadro de apoio deverá ser analisado”, sublinha o dirigente
O Marítimo inaugurou, ao princípio da tarde desta sexta-feira, no seu estádio, o Arquivo Adelino Rodrigues, em homenagem ao sócio e historiador do Marítimo, grande responsável pela preservação da história da colectividade. “Começar é de muitos, preservar é dos eleitos”, frase atribuída ao histórico sócio verde-rubro e que foi continuada pelos funcionários do clube, desde Juvenal Corte a, nos dias de hoje, Élvio Faria, responsável pela história do Marítimo.
Na oportunidade, Carlos André Gomes revelou que o Marítimo vai ter o seu museu, “para expor todo este espólio histórico”, projecto em andamento e que vai ficar no quarto andar da bancada poente do seu estádio.