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Madeira

Administração pública na Madeira perde pessoal pelo segundo trimestre

Número de postos de trabalho na Administração Regional era de 20.822 trabalhadores no final do 1.º trimestre

Quase metade dos funcionários públicos afectos ao Governo Regional da Madeira estão na Educação.   Foto Shutterstock
Quase metade dos funcionários públicos afectos ao Governo Regional da Madeira estão na Educação.   Foto Shutterstock

No final dos primeiros três meses de 2024, "existiam 20.822 postos de trabalho na Administração Regional da Madeira (ARM)", menos 89 postos (-0,4%) do que no final de Dezembro de 2023, 'corte' que acontece pelo segundo trimestre consecutivo, "verificando-se em termos homólogos uma diminuição de 162 postos (-0,8%)" e, ainda, "comparativamente ao final de 2011 houve uma diminuição de 531 postos (-2,5%)", salienta a Direção Regional de Estatística da Madeira, de acordo com a informação divulgada pela Direção Geral da Administração e do Emprego Público (DGAEP).

Segundo essa informação da entidade responsável pela compilação da informação relativa aos recursos humanos dos órgãos e serviços da administração do Estado a nível nacional, há acrescentar os postos de trabalho no Instituto de Segurança Social da Madeira, que "segundo a classificação de unidades institucionais deve ser apresentado separadamente da ARM", mas em que se "contabilizou 1.345 postos de trabalho em 31/03/2024, diminuindo 17 postos (-1,2%) face ao trimestre anterior. Em termos homólogos verificou-se uma diminuição de 11 postos (-0,8%). Em comparação com 31/12/2011 havia menos 66 postos (-4,7%)".

Por isso, "os Fundos de Segurança Social e Administração Regional da Madeira foram os únicos subsetores a apresentar uma diminuição (-2,2%) e (-0,8%), respetivamente, dos postos de trabalho face ao período homólogo. Todos os outros subsetores observaram crescimentos face ao período homólogo, sendo que a Administração Local (+2,5%) liderou os aumentos, seguida da Administração Central (+0,1%). A Administração Regional dos Açores apresentou uma variação praticamente nula. A variação média homóloga no conjunto das Administrações Públicas foi de +0,5%", salienta.

Nesta comparação nacional face ao trimestre anterior, "os subsectores que apresentam crescimento foram a Administração Local (+0,9%), a Administração Regional dos Açores (+0,6%) e a Administração Central (+0,4%). Os restantes subsectores registaram diminuições, os Fundos de Segurança Social (-0,5%) e a Administração Regional da Madeira (-0,4%). A média do conjunto das Administrações Públicas foi de +0,4%".

Numa análise mais aprofundada, "o emprego no sector institucional das administrações públicas a nível nacional, para o período compreendido entre Dezembro de 2011 e Março de 2024, evidencia reduções apenas nos subsectores dos Fundos de Segurança Social (-16,0%) e da Administração Regional da Madeira (-2,5%)", salienta. Os outros subsectores observaram aumentos, sendo o de maior dimensão relativa, o operado pela Administração Regional dos Açores (+15,6%). Na Administração Local (+9,3%) e na Administração Central (+1,7%) também se registou um incremento. A variação média do conjunto das Administrações Públicas foi de +2,9%".

Corte nos assistentes operacionais

Ainda "no que diz respeito à desagregação por cargo, carreira e grupo, o mais representativo é o do pessoal docente com 28,4%, seguido dos assistentes operacionais e dos assistentes técnicos, com 25,1% e 14,4% do total de emprego da ARM, respetivamente", totalizando quase 68% dos postos de trabalho. "Apesar da contratação de trabalhadores para as carreiras de Técnico superior (saldo líquido entre entradas e saídas de +36) e Médico (+18), a redução de Assistentes Operacionais (-164), determinou a redução homóloga global de -162 postos atrás referida", justifica.

Por tipo de entidade, "observa-se que no 1.º trimestre de 2024, os Estabelecimentos de Educação e Ensino Básico e Secundário concentravam 40,2% do total dos postos, seguido das Entidades Públicas Empresariais Regionais, com 29,1% e das Direções Regionais com 18,9%. Estes pesos são iguais aos verificados um ano antes", aponta.

Educação emprega quase metade

Já na análise por Secretaria Regional, "mostra que a S.R. da Educação, Ciência e Tecnologia é a responsável pelo maior número de trabalhadores, com 9.860 postos de trabalho (47,4% do total da ARM), enquanto as restantes Secretarias mantêm volumes de emprego compreendidos entre os 190 (S.R. de Mar e Pescas) e os 984 (Secretaria Regional das Finanças) postos de trabalho. De notar que a DGAEP, nesta divulgação, mantém a estrutura do XIII Governo Regional", esclarece.

Quanto à remuneração, ainda que com dados apenas até Janeiro de 2024, a "base média mensal na ARM era de 1.794,73€, superior em 3,7% à média global das Administrações Públicas, enquanto o ganho médio mensal (que corresponde ao agregado das remunerações de base, prémios, subsídios ou suplementos) fixava-se em 2.113,4€, sendo também mais alto que a média global em 3,4%. Face a Janeiro de 2023, a remuneração base média mensal na ARM cresceu 9,1% e o ganho médio mensal, 9,6%".

Empresas públicas, câmaras e juntas com mais pessoal

No que toca às "empresas públicas que não foram classificadas dentro da ARM", estas "tinham a 31 de Março de 2024, 2484 postos de trabalho, mais 11 (+0,4%) face ao trimestre anterior e mais 59 (+2,4%) em termos homólogos. Face a dezembro de 2012 (período mais recuado para o qual existe informação para este tipo de empresas), o número de postos aumentou em 178 (+7,7%)".

Por fim, "as onze câmaras municipais da RAM concentravam no período em referência 3.396 postos de trabalho, mais 41 (+1,2%) que no trimestre precedente e mais 198 (+6,2%) que no final de Março de 2023. Nas juntas de freguesia da RAM, trabalhavam 181 pessoas a 31/03/2024, mais 2 postos (+1,1%) que no trimestre anterior e mais 7 (+4,0%) em termos homólogos". E conclui: "Comparativamente a 31/12/2011, as Câmaras Municipais aumentaram o seu efetivo em 203 (+6,4%) e as juntas de freguesia em 12 (+7,1%) trabalhadores."