ADN defende que é urgente proteger a cultura e o património cultural" da Madeira
O ADN – Alternativa Democrática Nacional, partido candidato às eleições legislativas regionais de 26 de Maio, defende que "não podemos continuar a olhar a cultura como algo acessório, de importância secundária na afirmação regional ou nacional, uma figura ornamental, que recolhe as sobras do Orçamento Regional".
Numa nota de imprensa divulgada hoje, o líder e cabeça-de-lista do ADN, Miguel Pita salienta que "para a política dominante, a cultura tem sido um epifenómeno, uma abstracção que se resume a pequenos investimentos e à dádiva de meia dúzia de subsídios, sem uma estratégia de longa duração que preserve o essencial do Património que identifica a Região Autónoma da Madeira".
Para o candidato, pelo contrário, "o ADN vê a Cultura como um direito inalienável e promoverá uma política cultural que leve à defesa intransigente do nosso arquipélago. Assumimos a Cultura como um direito de cidadania e um recurso económico, reconhecendo o investimento público neste domínio como um incentivo à receita, interrompendo o hábito político de olhar as suas valências pelo lado da despesa", afirma.
O ADN também "defende a protecção e valorização do património, conservando e melhorando os diferentes patrimónios e tornando-os acessíveis; o apoio à criação artística, atribuindo apoios aos artistas; o ordenamento do território e o reequilíbrio cultural, consolidando o tecido dos equipamentos colectivos e favorecendo a emergência dos locais de proximidade (museus, salas de espectáculos, bibliotecas); a educação artística e cultural, favorecendo a formação em matéria cultural e artística; ajudas ao funcionamento das escolas de música e de artes plásticas", propõe.
O partido "considera importante o investimento na requalificação do património histórico nacional e regional, em todos os domínios, desde a reabilitação de centros históricos e monumentos, por forma a construir redes regionais de conhecimento e atracção de interesse turístico interno e externo; a protecção e divulgação de todas as expressões culturais regionais, arquitectónicas, paisagísticas, artísticas, etnográficas, gastronómicas, com o propósito de democratizar a Cultura em todo o arquipélago da Madeira; a criação de uma verdadeira política de museus e, no domínio das artes, uma política que presentifique, conserve e projecte a Cultura portuguesa, madeirense e portosantense; medidas que garantam o valor patrimonial das ‘artes efémeras’, assegurando a memória e a originalidade, como os roteiros gastronómicos, vitivinícolas e a promoção do turismo rural", assinala algumas ideias.
E conclui, frisando que "a Cultura é quem nós somos e o que desenha a nossa identidade" e "é mais do que um dever colocar a cultura no coração das políticas de desenvolvimento e a única forma de garantir um desenvolvimento centrado no ser humano que seja inclusivo e equitativo, contrariamente ao que é praticado pelo nosso governo. A cultura foi uma das áreas mais afectadas pela pandemia e um dos primeiros segmentos sociais paralisados. A crise da economia na cultura levou a centros culturais paralisados e, logo, sem recursos financeiros; trabalhadores da cultura desassistidos em precárias condições de vida e de sobrevivência", lamenta. Sendo assim "o ADN deseja promover urgentemente medidas adequadas que apoiem a cultura da nossa Região, e do património cultural que é nosso dever proteger".