Hamas divulga lista com mais de 100 nomes de universitários mortos em Gaza
O Hamas publicou hoje uma lista com mais de cem nomes de docentes e investigadores universitários mortos desde o início da ofensiva israelita na Faixa de Gaza, desencadeada pelo ataque deste grupo palestiniano a Israel, em 07 de outubro.
"Condenamos firmemente o assassinato pelo ocupante de cientistas, professores universitários e investigadores, que constituem um grupo prestigiado na sociedade palestiniana e na Faixa de Gaza, declarou, em comunicado, a comissão de imprensa do governo do Hamas, no poder no enclave palestiniano desde 2007.
"A mensagem é clara. O seu objetivo [dos israelitas] é eliminar completamente os cientistas e os investigadores", prosseguiu-se no texto.
Entre os 104 nomes divulgados está o da presidente da Universidade Islâmica de Gaza e investigadora de primeiro plano em Física e Matemáticas Aplicadas, Sofiane Tayeh.
O nome do cirurgião e professor de Medicina Adnane Ahmed Atiya al-Bourch também está na lista.
Segundo o Clube dos Prisioneiros Palestinianos, Adnane al-Bourch, de 50 anos, morreu quando estava sob detenção, depois de ter sido detido por militares israelitas, com outros médicos, no Hospital Al-Awda, do campo de refugiados de Jabaliya, no norte da Faixa de Gaza, em dezembro último.
Questionado então por esta morte de alguém sob detenção, o exército israelita declarara que "não estava ao corrente de tal incidente".
A guerra foi desencadeada pelo ataque do Hamas ao sul d Israel, em 07 de outubro, que causou a morte a maia de 1.170 pessoas, maioritariamente civis, segundo um balanço da AFP. Dos 252 reféns feitos então pelo Hamas, 128 permanecem cativos na Faixa de Gaza, dos quais 38 são dados como mortos pelos militares israelitas.
A vasta ofensiva lançada em resposta por Israel causou a morte de 35.272 pessoas, segundo o balanço mais recente feito pelo Ministério da Saúde da Faixa de Gaza.
Por ocasião da Guerra dos Seis Dias, em 1967, Israel apossou-se da Cisjordânia e da Faixa de Gaza, de onde se veio a retirar unilateralmente em 2005.