CDS aposta na bandeira da Autonomia
Realizou-se, esta tarde, a apresentação do Manifesto Eleitoral do CDS-PP, no The Views Oásis Hotel, no concelho de Santa Cruz. O Programa de Governo tem 97 medidas nas mais diversas áreas, começando pelas instituições e pela política, e terminando nos sectores económicos e sociais.
O líder do CDS e cabeça de lista da candidatura centrista às Regionais de 26 de Maio começou por afirmar que "o PSD Madeira deixou cair a bandeira da autonomia". E, por essa razão, o CDS tem a responsabilidade e assume o compromisso perante os madeirenses e porto-santenses de reerguer essa bandeira porque isso é essencial para defender os direitos dos madeirenses junto do Estado português.
José Manuel Rodrigues declara que "não podemos admitir que cedam naquelas que são as nossas posições principais, seja em termos da Revisão da Constituição da República Portuguesa, seja em termos da Revisão da Lei de Finanças das Regiões Autónomas para fazer com que o Estado assuma os custos da insularidade e os custos da soberania, bem como comparticipar os custos com a educação e saúde que são incumbências do Estado, segundo a Constituição, para termos um sistema fiscal próprio na Região Autónoma que permita desonerar cidadãos, famílias e empresas desta pesada carga fiscal que nos asfixia".
Na ocasião, o candidato afirma também que, "não podemos ceder no subsídio social de mobilidade para que os madeirenses paguem à cabeça 86 euros e os estudantes 65 euros. Não podemos ceder na gestão do mar que deve ter uma gestão partilhada entre os governos regionais e o governo da República". Segundo Rodrigues, "estes são os assuntos principais que temos com o governo da República e com o Estado".
José Manuel Rodrigues fez notar que cada partido tem de erguer a bandeira da autonomia em defesa dos interesses dos madeirenses. "Primeiro, junto do seu partido a nível nacional e, depois, junto das instituições do Estado, quer seja o governo, quer seja a Assembleia da República, quer seja a Presidência da Republica", vincou.
O CDS tem vindo a dizer que os números do balanço do Portugal 2023 demonstram que a Madeira tem níveis de crescimento económico significativos, mas que isso não tem reflexos na realidade social.
O líder do CDS na Região explicou que "a realidade social é que temos 73 mil pessoas em risco de pobreza. Temos 19 mil trabalhadores que aquilo que ganham ao fim do mês não dá para pagar as suas despesas mensais e temos 13 mil idosos com pensões à volta dos 300 euros". Isto significa que temos um quarto da população da Madeira com rendimentos mensais inferiores a 600 euros.
E, para Rodrigues, "esta realidade social tem de ser alterada. Subindo os salários de quem trabalha, criando um salário-base para os jovens licenciados, descendo os impostos em 30% em todos os escalões do IRS e uma redução gradual e responsável do IVA em 7,5% ao ano por cada ano da legislatura e, temos de fazer chegar o subsídio de insularidade, não apenas aos funcionários públicos como já é atribuído, mas também aos funcionários das empresas privadas, dos reformados e pensionistas".
José Manuel Rodrigues termina convicto de que, "se tomarmos estas medidas, daqui a 4 anos teremos uma Madeira mais justa e mais fraterna para todos os madeirenses e porto-santenses".