Presidente do RIR diz que o partido não anda a brincar e confia na eleição da cabeça-de-lista
A presidente do Reagir Incluir Reciclar (RIR), Márcia Henriques, mantém a convicção de que a cabeça de lista do partido às eleições legislativas antecipadas na Madeira, Liana Reis, vai ser eleita e sublinhou que a equipa regional é "extraordinária".
"Mantenho a expectativa. A Liana vai ser eleita, tenho a certeza", afirmou, para depois reforçar: "Nós não andamos aqui a brincar. Nós temos uma boa equipa, temos profissionais de valor com propostas sérias e que podem fazer toda a diferença e podem ajudar a melhorar a condição da sociedade, o modo de estar e de viver de Portugal inteiro".
Márcia Henriques falava após uma reunião entre a candidatura do RIR e a delegação regional da Associação Nacional de Professores, no Funchal, na qual também participou, no âmbito da campanha para as eleições legislativas antecipadas de 26 de maio.
"Estamos a falar de regionais, mas a nível nacional o partido RIR tem qualidade e, por vezes, não lhe é dada grande atenção, ou a atenção que merecia, mas pouco a pouco o nosso trabalho está a ser reconhecido", disse.
A presidente do partido classificou a estrutura regional como "equipa extraordinária", vincando que "serve de exemplo a todas as distritais do partido RIR a nível nacional".
Em relação ao encontro com a Associação Nacional de Professores, Márcia Henriques disse ter ficado com a ideia de viver num "Portugal com vários 'portugáis'".
"Há problemas de professores na Madeira que são totalmente diferentes dos problemas dos professores no continente, inclusivamente em relação à recuperação do tempo de carreira [já quase concluída na região]", afirmou, sublinhando que são "realidades complemente díspares" e deviam ser normalizadas, "porque o professor é tanto professor aqui como professor em Lisboa".
"Portanto, isso tem de ser combatido e tem de ser revisto. Esperemos que este novo Governo nacional [AD] que dê atenção a esse pormenor", disse.
A líder do RIR defende, por outro lado, a criação de uma ordem profissional ao nível da docência, embora reconheça que será difícil de concretizar porque "vai fazer combate direito aos sindicatos de professores".
"Mas era muito importante, até a nível de fiscalização e de regulamentação da própria classe, existir uma ordem profissional", defendeu.
As legislativas da Madeira decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.
As eleições antecipadas de 26 de maio ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco, o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.