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Regionais 2024 Madeira

CDU apela a voto que não vai ser traído nem trespassado

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A candidatura da CDU (PCP/PEV) começou hoje a centrar a sua campanha na Madeira no apelo direto ao voto e assegurou que a coligação não vai "trair", nem "trespassar" quem lhe der mais força, disse o cabeça de lista.

" A CDU centra-se muito já num apelo direto ao voto", salientou Edgar Silva no âmbito de uma iniciativa da campanha eleitoral para as eleições antecipadas de 26 de maio, na freguesia do Curral das Freiras, Câmara de Lobos, o concelho contíguo a oeste do Funchal.

O candidato adiantou que o objetivo é também transmitir duas "ideias fundamentais", nomeadamente, que "todos os votos contam", independente do local onde as pessoas exercem o seu direito.

"Há apenas um circulo único. Ou seja, todos os votos, qualquer pessoa que querendo lutar com a CDU, dando o seu voto, querendo dar força à luta pela justiça social nesta terra, independentemente do concelho onde ela vive, da freguesia, todos os votos contam para dar mais força à CDU", afirmou.

Edgar Silva argumentou que "todos os votos vão para o mesmo saco, todos os votos somam, cada voto conta para dar força à CDU", insistindo que nenhum voto se perde.

"Esta ideia de que há um círculo único, muita gente não tem essa compreensão", sublinhou, apontando que é "o somatório de todos os votos que garante a eleição de deputados que podem garantir os direitos" dos eleitores votantes.

O também coordenador regional do PCP/Madeira, eleito deputado para a Assembleia Legislativa da Madeira, garantiu ainda que apoiar a candidatura na CDU é votar em quem luta pelos interesses da população.

"É o voto que não trai, nem engana, uma vez dado o voto, esse voto tem a garantia de que, em qualquer circunstância, será sempre para defender os direitos dos trabalhadores, o interesse do povo", sustentou.

Por outro lado, Edgar Silva referiu ter a "certeza que não vai ser bengala para outros interesses", já que é um voto "não negociável" e "que não vai ter trespasse".

O candidato recordou que se verificaram "situações onde houve votos que foram dados, e uma vez dados, como aconteceu ainda agora no parlamento [da Madeira], serviram para outros interesses, traindo quem deu esse voto ou a intencionalidade, a vontade de quem deu o voto".

Nas últimas eleições regionais, a coligação PSD/CDS foi a mais votada e elegeu 23 deputados num universo de 47, mas viu a maioria absoluta ficar suspensa por um deputado. Para assegurar um cenário de governabilidade celebrou um acordo de incidência parlamentar com a eleita do PAN, Mónica Freitas.

"E há situações onde as pessoas se sentiram traídas e enganadas no voto que deram. Há situações em que o povo se sentiu enganado, as pessoas sentiram-se atraiçoadas porque o voto uma vez atribuído foi trespassado, negociaram esse voto", argumentou Edgar Silva.

Edgar Silva concluiu assegurando que o apoio na CDU é "um voto que não será trespassado, é um voto que não trai, não engana. Uma vez dado esse voto tem a garantia que será sempre inquebrantavelmente o voto do povo, o voto daqueles que têm fome e sede de justiça,".

As legislativas da Madeira decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.