Taxa de juro no crédito à habitação na Madeira desce há três meses
Depois de 22 meses consecutivos a subir, a taxa de juro implícita ao crédito à habitação subiu nos últimos três meses, segundo informação disponibilizada pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). "Em Abril de 2024, a taxa de juro (...) na Região Autónoma da Madeira (RAM), fixou-se em 4,729%, registando um decréscimo de 0,008 pontos percentuais (p.p.) face ao mês anterior", revela uma nota da Direção Regional de Estatística (DREM), divulgada esta manhã.
"Note-se que esta é a terceira redução consecutiva neste indicador, depois de 22 meses seguidos de aumento", salienta. "Refira-se ainda que, em Abril de 2023, a taxa de juro implícita no crédito à habitação era de apenas 3,248%" e no início do longo período de quase dois anos a subir, a taxa de juro passou de 0,760% em Abril de 2022 para o máximo de 4,771% em Janeiro deste ano.
Mas apesar da diminuição dos juros, a prestação aumentou. "O valor médio da prestação vencida para o conjunto dos contratos de crédito à habitação cresceu 1 euro face ao mês anterior, para 417 euros, tendo os juros se fixado nos 250 euros (o mesmo valor do mês anterior) e a amortização nos 167 euros (mais 1 euro que no mês precedente). No mês homólogo, o valor médio da prestação vencida era de 352 euros", explica a DREM.
Mas tem uma razão absoluta, o valor em dívida aumentou, o que pode indiciar mais créditos à habitação aprovados e por valor superiores, o que acontece há exactamente um ano. "Por sua vez, o montante do capital médio em dívida para os contratos de crédito à habitação aumentou pelo 12.º mês consecutivo, situando-se, em Abril de 2024, nos 64.622 euros (64.490 euros em Março de 2024)" e há um ano era de 61.752 euros. Ou seja, em 1 ano cresceu, em média, 2.870 euros.
Conclui a DREM que, "a nível nacional, e no conjunto dos contratos de crédito à habitação, a taxa de juro implícita desceu para 4,606%, menos 0,007 p.p. que no mês anterior", numa proporção menor, mas numa taxa também inferior. "A prestação média vencida para a globalidade dos contratos aumentou para os 404 euros, tendo o valor do capital médio em dívida crescido para os 65.577 euros (65.391 euros no mês precedente). No País, os juros mantiveram-se face ao mês anterior (247), enquanto o capital amortizado subiu para os 157 euros".