Desafio das redes sociais na época da superficialidade
Hoje eu queria trocar uma ideia com vocês sobre algo que tem sido cada vez mais presente em nossas vidas: as redes sociais. É impressionante como essas plataformas têm impactado não só a forma como nos relacionamos, mas também a maneira como nos vemos e nos apresentamos para o mundo.
É inegável que muitas vezes nos deparamos com uma busca incessante por reconhecimento virtual. É como se a validação nas redes sociais se tornasse mais importante do que qualquer outra coisa. E nessa corrida por likes e seguidores, muitas vezes acabamos nos perdendo.
Tenho observado é que, muitas vezes, essa busca desenfreada por likes e seguidores acaba sobrepondo valores essenciais, como o conteúdo e a essência das pessoas. Eu vejo por aí uma galera que transforma suas redes sociais em verdadeiros catálogos de uma vida perfeita. Cuidados com a aparência, dietas mirabolantes, viagens exóticas e experiências gastronómicas caras dominam os feeds. É como se a preocupação com a imagem superasse em muito a preocupação com o conteúdo e a essência. É impressionante como muitos usuários transformam suas redes sociais em verdadeiros palcos de ostentação e superficialidade.
Por outro lado, existem aquelas pessoas que utilizam suas redes sociais de uma maneira mais significativa. São pessoas que têm algo a dizer, que compartilham conhecimento, experiências e reflexões que podem realmente agregar valor à vida de quem as segue. São conteúdos que nos fazem reflectir, que nos inspiram, que nos ajudam a crescer como seres humanos.
É triste perceber como essas pessoas muitas vezes têm um número limitado de seguidores. E pior ainda, como acabam perdendo alguns quando decidem se posicionar politicamente. É como se as redes sociais estivessem criando uma espécie de ditadura da estética e da superficialidade, onde é mais valorizado quem tem o corpo perfeito, quem leva a vida dos sonhos, do que quem tem algo importante a dizer.
E é aí que está o problema. Ao invés de usar as redes sociais como uma ferramenta para promover o conhecimento, o debate e a troca de ideias, muitas vezes elas se transformam em um palco para a ostentação e a vaidade.
Deveríamos estar compartilhando aprendizados, experiências e reflexões que nos ajudam a crescer como seres humanos, acabamos nos perdendo em uma busca incessante por reconhecimento virtual.
Queria propor uma reflexão: será que não está na hora de repensarmos o nosso uso das redes sociais? Será que não está na hora de darmos mais valor ao conteúdo e à essência, e menos à imagem e à superficialidade? Penso que, o que realmente importa não são os likes, os joinhas, o compartilha e me segue, os seguidores ou a imagem que projectamos, mas sim o conteúdo e a essência que cada um de nós carrega consigo.
Gregório José