PAN acredita que vai manter-se no parlamento
A cabeça de lista do PAN às eleições antecipadas na Madeira, Mónica Freitas, mostrou-se hoje confiante que o partido vai manter a representação no parlamento regional, vincando que "as pessoas reconhecem o trabalho que foi feito".
"O contacto com as pessoas tem sido sempre muito positivo, têm-nos recebido muito bem, reconhecem o trabalho que foi feito ao longo destes meses na Assembleia Legislativa [desde setembro de 2023], percebem a importância que o PAN teve ao longo destes seis meses e, portanto, estamos confiantes que conseguiremos manter a representação parlamentar, que é esse o nosso objetivo", afirmou.
Mónica Freitas falava aos jornalistas no decurso de uma iniciativa de campanha à entrada da Universidade da Madeira, no Funchal, onde a candidatura do Pessoas Animais Natureza defendeu ser necessário "reforçar qualidade da educação", com uma "aposta a nível formativo".
A cabeça de lista, que é deputada única do PAN e assinou um acordo de incidência parlamentar com os social-democratas, viabilizando o Governo Regional PSD/CDS-PP, afirmou que "há um conjunto de mecanismos que faltam a nível da educação".
"O PAN volta a reforçar a importância de uma melhoria na qualidade da educação e numa aposta a nível formativo em mais áreas, porque [...] houve um inquérito recentemente feito aos estudantes e percebemos que não é uma questão de problemas económicos que muitas vezes leva à desmotivação e ao abandono das licenciaturas", disse, para depois explicar: "De facto, há um outro problema que tem a ver com a necessidade de haver uma melhor oferta formativa em mais cursos, haver [...] estágios para ter contacto direto com as empresas e com o mercado de trabalho".
A candidatura do PAN defende também mais apoios para a construção de residências universitárias e alerta que não são apenas os estudantes de fora da região que as requerem, mas também jovens do Porto Santo e de zonas rurais da Madeira com pouca oferta de transportes públicos.
As legislativas da Madeira decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.
As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.
Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.