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Comunidades Madeira

Centro Cívico de São Martinho recebe Festa da Diversidade Cultural

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A Festa da Diversidade Cultural 2024 arranca já esta sexta-feira, às 18h30, no Centro Cívico de São Martinho, celebrando os mais de 14 mil cidadãos estrangeiros oriundos de 121 nacionalidades que residem na Madeira.

Durante dois dias, 17 e 18 de Maio, será recriado o típico arraial madeirense, onde não faltará animação, espectáculos de dj’s, actuações musicais, gastronomia, exposições e mostras de artes, e onde se juntará as várias comunidades residentes na Região, nomeadamente a venezuelana, a sul-africana, a brasileira, a angolana, a guineense, a francesa, a ucraniana, ou a romena.

Trata-se de um evento promovido anualmente pela Direcção Regional das Comunidades e Cooperação Externa (DRCCE), tutelada pela Secretaria Regional de Educação, Ciência e Tecnologia, e pela Junta de Freguesia de São Martinho, e que tem dois grandes objectivos.

O primeiro tem a ver com a afirmação de valores como o respeito pela diferença entre culturas, a tolerância, a solidariedade entre os povos, a coesão social e o diálogo. O segundo com a promoção da plena integração dos cidadãos estrangeiros que decidiram viver, trabalhar ou simplesmente gozar a reforma na Região Rui Abreu, director regional das Comunidades e Cooperação Externa.

O responsável pela pasta das Comunidades sublinhou os benefícios da imigração na Madeira. "Os imigrantes trazem mais-valias para a economia regional. Por um lado, preenchem as lacunas que existem ao nível de mão-de-obra, alguma dela especializada. Por outro lado, conseguem atenuar os efeitos da crise demográfica, nomeadamente ao nível do envelhecimento populacional", afirmou.

Rui Abreu destacou, também, os casos de madeirenses que residem em países terceiros e que decidem regressar à Madeira seja para trabalhar, seja para investir. "Temos vários empresários madeirenses da Venezuela e da África do Sul que estão a investir na Região. Muitas das obras de reabilitação urbana no Funchal estão a ser feitas pelos nossos emigrantes", referiu.

Para Rui Abreu é na diversidade e na capacidade de saber integrar os imigrantes, que se mede o grau civilizacional de uma nação, de uma região, de um povo. "É, também, graças a esta diversidade que as regiões se tornam mais ricas e mais dinâmicas", concluiu.