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Regionais 2024 Madeira

Francisco Gomes lamenta que a “esmagadora maioria dos partidos políticos” não fale de autonomia

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O aprofundamento da autonomia política deve ser sempre um tema central no diálogo entre a Região e a república, pois ainda existe um caminho longo a trilhar até que os madeirenses tenham a autonomia que merecem e precisam. É essa a opinião de Francisco Gomes, deputado madeirense eleito pelo CHEGA para a Assembleia da República.

Segundo Francisco Gomes, decorridos quase cinquenta anos desde o advir da democracia constitucional, ainda existe uma dificuldade crónica de certos quadrantes políticos na República em perceber que, quando uma comunidade humana, radicada num território, tem condições, identidade, personalidade e características próprias, a mesma deve ser tratada da mesma forma que é tratada uma pessoa individual, isto é, com respeito pelas suas liberdade, História e legítimas aspirações do seu povo.

Qualquer governo ou governante que entenda a pessoa como o fim de toda a atividade humana e que compreenda a política como uma plataforma ao serviço da sua realização, tem de aceitar a diferenciação política que a Autonomia exige. Só assim é possível garantir o progresso de uma nação que tem uma dimensão continental e uma expressão atlântica".   Francisco Gomes

Porém, para o deputado do CHEGA, muitos dos partidos e dos líderes que têm comandado o país continuam alheios à centralidade que a autonomia deve ocupar no discurso e na prática política portuguesa. 

Há muitos que são mais saudosistas de que a História volte atrás do que confiantes na evolução praxística que o aprofundamento da autonomia naturalmente exige. Esse fator de alerta, aliado às aspirações dos povos das ilhas, recorda-nos da centralidade que o reforço da Autonomia deve ocupar na vida qualquer agente político aspire ser voz povo madeirense".   Francisco Gomes

A concluir, Francisco Gomes lamenta que a “esmagadora maioria doa partidos políticos” não fale de autonomia ou apenas o façam quando o consideram politicamente útil. O deputado critica essa falta de genuinidade no discurso político actual e realça que a mesma tem consequências negativas para a população madeirense.   

Não há causa ou prioridade que possa suplantar a missão de defender e aprofundar as condições da nossa Autonomia. Porém, ainda há quem não tenha percebido que a autonomia é uma missão de vida, e não mero tema de campanha eleitoral, que é ressuscitado quando é hora de ir a votos".   Francisco Gomes

Para garantir uma autonomia sólida e uma governação mais responsiva aos desafios que os madeirenses enfrentam, Francisco Gomes aponta a quatro prioridades diferentes.

“Nunca seremos senhores da nossa vida enquanto não garantirmos, em permanência, ligações marítimas dignas e regulares, ligações aéreas acessíveis e competitivas, um sistema fiscal próprio e potenciador de investimento externo, órgãos de governo que sejam autoridade sobre todas as matérias que não sejam exclusivas do Estado e uma liberdade real de todas as réstias institucionais dos tempos coloniais", concluiu.