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Madeira

Famílias madeirenses crescem pouco e com cada vez menos pessoas

10 questões e respostas a propósito do Dia Internacional da Família, que hoje se assinala

Foto Shutterstock
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A maioria das famílias na Madeira, em 2021, era composta por duas, no máximo 3 pessoas, sendo que "em 2021, contabilizaram-se 94.844 famílias e 2,6 pessoas por família", uma média que tem baixado gradualmente, embora o número de famílias tenha crescido, mas em menor ritmo na última década (desde 2011) do que acontecera na década anterior (2001-2011), informa a Direção Regional de Estatística da Madeira.

Para assinalar o Dia Internacional da Família, a autoridade estatística regional divulga um conjunto de questões e respostas sobre a temática (10 ao todo), sobre a evolução do núcleo familiar a viver na Região Autónoma. 

QUANTAS FAMÍLIAS EXISTEM NA REGIÃO E QUANTAS PESSOAS TÊM?

"No total, 247.324 pessoas ocupavam um alojamento familiar, sendo que a restante população ou fazia parte de um agregado institucional (3.288 pessoas) ou era sem-abrigo (132 pessoas)", acrescenta. "Entre 2001 e 2021, o número de famílias aumentou 29% (mais 21.225 famílias), assim como o número de pessoas, embora em menor proporção, +2% (mais 4.972 pessoas)".

Contudo, na última década o número de famílias aumentou apenas 2,1% e o número de pessoas diminuiu 6,5%. "Por Família entenda-se um agregado doméstico privado, que pode traduzir-se num conjunto de pessoas que tem residência habitual no alojamento familiar ou numa pessoa independente que ocupa um alojamento familiar", explica a DREM.

Entre 2001 e 2011 denota-se que o núcleo familiar com 3 pessoas que era a maioria, embora com menor distância para as de duas pessoas, em 2021 passou a ser claramente a de 2 pessoas.

AS FAMÍLIAS TORNARAM-SE MAIS PEQUENAS?

"Sim. Enquanto, em 2001, existiam 3,3 pessoas por família, em 2021, a dimensão média das famílias baixou para 2,6 pessoas, ou seja, apesar de existirem mais famílias em 2021 (mais 21.225 famílias do que em 2001), atualmente, as famílias são menos numerosas do que eram no início do século XXI", refere a DREM.

"O decréscimo da dimensão média das famílias verificado entre 2001 e 2021 resulta de uma redução da proporção de famílias compostas por três ou mais pessoas e de um aumento da proporção de famílias compostas por apenas uma ou duas pessoas", sintetiza.

COMO SÃO COMPOSTAS AS FAMÍLIAS?

"Podem ser compostas por uma só pessoa, ou por pessoas aparentadas e/ou não aparentadas ou, ainda, por núcleos familiares. Em 2021, na grande maioria das famílias (73%), existia pelo menos um núcleo familiar. O menos comum eram famílias compostas só por pessoas aparentadas e/ou por pessoas não aparentadas, representando 3% das famílias contabilizadas em 2021. Entre 2001 e 2021, o número de famílias com núcleos familiares aumentou 13% (mais 8 191 famílias). Um Núcleo Familiar é um tipo de família, com a particularidade de poder ser composto por um casal sem filhos, ou por um casal com filhos ou por um pai ou uma mãe com filhos. Na mesma família pode existir mais do que um núcleo familiar", resume.

HÁ MAIS NÚCLEOS FAMILIARES COM FILHOS OU SEM FILHOS?

"Há mais núcleos familiares com filhos. Em cerca de 72% dos 74 077 núcleos familiares, contabilizados em 2021, existiam filhos: 48% eram núcleos de casais com filhos e 24% eram núcleos compostos por mãe ou pai com filhos (núcleos monoparentais). Entre 2011 e 2021, a proporção de núcleos de casais sem filhos aumentou de 25% para 28%. É considerado Filho no núcleo familiar, um filho de sangue, adotivo ou enteado, com residência habitual na família clássica de um dos seus pais, desde que não tenha cônjuge/parceiro ou filhos seus nessa família", frisa.

QUANTOS FILHOS EXISTEM NOS NÚCLEOS FAMILIARES DE CASAIS COM FILHOS?

"Em 2021, existiam 55 335 filhos distribuídos em 35 520 núcleos familiares de casais com filhos, ou seja, 1,56 filhos por núcleo. Relativamente a 2011, são menos 15 290 filhos (-22%). Dos filhos pertencentes a este tipo de núcleo familiar, 44% (24 580) eram crianças (menos de 15 anos), verificando-se uma redução de 32% no número de crianças contabilizadas entre 2011 e 2021. Este decréscimo acompanhou o declínio da fecundidade observado nas últimas décadas na Região. Enquanto em 2011, existiam 1,66 filhos e 0,85 crianças por núcleo familiar de casais com filhos, em 2021, estes valores médios baixaram para 1,56 filhos e 0,69 crianças", acrescenta.

OS CASAIS A VIVER EM UNIÃO DE FACTO TÊM MAIS FILHOS NO SEU NÚCLEO FAMILIAR?

"Não. Nos núcleos de casais a viver em união de facto, em média, existem menos filhos do que nos núcleos de casais casados. Em 2021, contabilizaram-se 1,49 filhos por núcleo de casal a viver em união de facto, enquanto nos núcleos de casais de direito (casados) existiam 1,57 filhos, em média. Esta tendência não se alterou relativamente a 2011: 1,57 filhos por núcleo de casal de facto e 1,67 por núcleo de casal de direito. Aquando do nascimento do primeiro filho, a maioria dos pais não são casados. Porém, ao nascimento do segundo ou terceiro filho torna-se mais comum os pais serem casados. Por isso, o número médio de filhos é superior nos núcleos de casais casados", constata.

O QUE SÃO NÚCLEOS FAMILIARES RECONSTITUÍDOS?

"São um tipo de núcleo familiar de casais com filhos, com a particularidade de, pelo menos, um dos filhos não ser comum ao casal. Em 2021, 2 600 núcleos familiares de casais com filhos eram reconstituídos. Apesar de o número total de núcleos familiares reconstituídos ter baixado 2% relativamente a 2011 (menos 54 núcleos), a sua representatividade no total de núcleos de casais com filhos aumentou de 6% em 2011, para 7% em 2021", diz.

QUANTOS FILHOS EXISTEM NOS NÚCLEOS FAMILIARES RECONSTITUÍDOS?

"Em 2021, existiam 4 909 filhos, distribuídos em 2 600 núcleos. Portanto, existiam 1,89 filhos por núcleo familiar reconstituído. Relativamente a 2011, são menos 168 filhos (-3%). Apesar de o número de filhos por núcleo familiar reconstituído ser inferior ao valor médio apurado em 2011 (1,91 filhos), em 2021, o número médio de filhos atinge um valor máximo neste tipo de núcleos. Na maior parte dos núcleos reconstituídos apurados em 2021, existiam dois ou mais filhos (63%). Em 42% dos núcleos existiam dois filhos (294 núcleos com dois filhos não comuns ao casal e 795 núcleos com um filho não comum e outro comum) e em 21% existiam 3 ou mais filhos (comuns e não comuns)", assinala.

O QUE SÃO NÚCLEOS FAMILIARES MONOPARENTAIS?

"São um tipo de núcleos familiares, mas constituídos por um pai com um ou mais filhos ou por uma mãe com um ou mais filhos. Em 2021, existiam 17 687 núcleos monoparentais, mais 2 481 núcleos (+16%) do que em 2011. A grande maioria dos núcleos monoparentais dizia respeito a núcleos de mãe com um ou mais filhos (87%), sendo que apenas 13% dos núcleos monoparentais eram compostos por um pai com um ou mais filhos. Relativamente a 2011, a proporção de núcleos de pai com filhos aumentou em 1,4 pontos percentuais", contabiliza.

QUANTOS FILHOS EXISTEM NOS NÚCLEOS MONOPARENTAIS?

"Em 2021, existiam 24 251 filhos distribuídos em 17 687 núcleos monoparentais. Relativamente a 2011, são mais 2 042 filhos (+9%), embora o número de filhos por núcleo monoparental tenha baixado de 1,46 filhos em 2011, para 1,37 em 2021. Dos filhos pertencentes aos núcleos monoparentais, apenas 29% eram crianças (6 937), indicando que, neste tipo de núcleo, os filhos tendem a ser mais velhos do que nos núcleos de casais com filhos, onde 44% dos filhos eram crianças. Em 2021, existiam mais filhos e mais crianças por núcleo monoparental de mãe do que por núcleo de pai: 1,38 filhos e 0,41 crianças por núcleo monoparental de mãe e 1,30 filhos e 0,26 crianças por núcleo monoparental de pai", conclui.

Para informações mais completas, poderá consultar a série retrospectiva da Demografia através deste QR Code.