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Três mil militares protegem 465 candidatos de violência eleitoral no México

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Cerca de 465 candidatos às eleições de 02 de junho no México estão sob proteção de quase 3.000 soldados, após casos de violência eleitoral em que dezenas de políticos morreram.

Entre eles estão os três candidatos presidenciais, que contam com uma escolta de 24 oficiais cada, disse hoje o secretário de Defesa Nacional, Luis Cresencio Sandoval, numa conferência de imprensa.

O México realizará as maiores eleições da sua história no dia 02 de junho, quando mais de 98 milhões de mexicanos serão convocados para renovar mais de 20 mil cargos disputados por quase 70.000 candidatos, incluindo a presidência, 500 deputados e 128 senadores, além de nove dos 32 governos estaduais.

O secretário de Defesa Nacional acrescentou hoje que foi também destacada proteção a 11 candidatos a governador, com 10 soldados cada, e 165 candidatos ao Senado e à Câmara dos Deputados, com seis agentes por pessoa.

Embora o governo federal fosse inicialmente proteger apenas estes candidatos, o chefe do exército referiu hoje que as forças armadas estão agora a proteger também 286 candidatos a deputados locais e presidentes de câmara, bem como quatro funcionários eleitorais, também escoltados por seis militares.

"Foi acrescentada segurança para os deputados locais e presidentes municipais, bem como funcionários relacionados com o processo eleitoral, de modo que com 2.912 elementos das Forças Armadas e da Guarda Nacional estamos a cobrir a segurança destes candidatos que o solicitaram", explicou Sandoval.

A proteção ocorre face à violência política, com 15 candidatos assassinados, conforme reconhecido pelo governo.

A organização Data Cívica aponta para um total de 30 vítimas, incluindo quatro em abril, enquanto a empresa de consultoria DataInt conta 33.

O secretário de Estado da Defesa mexicano também informou sobre o envio de 4.959 militares "como resultado de um pedido oficial do Instituto Nacional Eleitoral (INE)" para "garantir a segurança de tudo o que está relacionado com o processo eleitoral".

"Esta estratégia foi desenvolvida para apoiar o INE com quase 5.000 elementos entre as Forças Armadas e a Guarda Nacional, abrangendo desde a segurança na fábrica de papel onde está a ser produzida a matéria-prima para gerar todo o papel de segurança", sublinhou Sandoval.

A operação também inclui a monitorização do transporte de cédulas de votação, a guarda do centro de distribuição logística do INE, a segurança dos conselhos distritais e a proteção do depósito do INE e dos votos recebidos dos mexicanos no exterior.