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Regionais 2024 Madeira

RIR diz que preços das habitações a custos controlados devem ser reduzidos

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Foto Miguel Espada/ASPRESS/Arquivo

A candidatura do Reagir Incluir Reciclar (RIR) às eleições legislativas da Madeira de 26 de maio defendeu hoje a revisão dos valores das habitações a custos controlados, salientando que estão "a preços exorbitantes".

Em declarações à agência Lusa, a candidata Joana Mendes realçou que o partido não compreende "porque é que habitação a custos controlados continua a preços exorbitantes", referindo que, "por exemplo, um T1, a custos controlados, anda a rondar neste momento 190 mil euros".

"No nosso entender, o valor máximo a pagar por um T1 seria a rondar os 130/135 mil euros. Seria o valor aceitável tendo em conta o que os jovens ganham hoje em dia", considerou a candidata.

A candidatura do RIR, encabeçada por Liana Reis, que não participou hoje na iniciativa de campanha, esteve no parque urbano do Bairro da Nazaré, um bairro social situado no Funchal, para abordar os problemas locais e falar do tema da habitação, uma das prioridades da campanha do partido.

Joana Mendes disse, por outro lado, que a Investimentos Habitacionais da Madeira (IHM), tutelada pelo Governo Regional, apoia a aquisição de habitação a jovens até 35 anos se o valor da casa não ultrapassar os 150 mil euros, no caso de um T1, sublinhando que o valor está desajustado à realidade do mercado imobiliário.

O partido propõe ainda que o Governo Regional reabilite ou incentive a reabilitação de edifícios devolutos, no caso dos privados, transformando em habitação para as famílias mais carenciadas.

Nas últimas eleições regionais, em 24 de setembro de 2023, o RIR foi a terceira força menos votada, num total de 13 candidaturas, obtendo 727 votos (0,55%), num universo de 135.446 votantes.

As legislativas da Madeira decorrem com 14 candidaturas a disputar os 47 lugares no parlamento regional, num círculo eleitoral único: ADN, BE, PS, Livre, IL, RIR, CDU (PCP/PEV), Chega, CDS-PP, MPT, PSD, PAN, PTP e JPP.

As eleições antecipadas ocorrem oito meses após as mais recentes legislativas regionais, depois de o Presidente da República ter dissolvido o parlamento madeirense, na sequência da crise política desencadeada em janeiro, quando o líder do Governo Regional (PSD/CDS-PP), Miguel Albuquerque, foi constituído arguido num processo em que são investigadas suspeitas de corrupção.

Em setembro de 2023, a coligação PSD/CDS venceu sem maioria absoluta e elegeu 23 deputados. O PS conseguiu 11, o JPP cinco o Chega quatro, enquanto a CDU, a IL, o PAN (que assinou um acordo de incidência parlamentar com os sociais-democratas) e o BE obtiveram um mandato cada.