DIÁRIO acompanhou casamento do Duque de Bragança há 29 anos
Neste ‘Canal Memória’ trazemos a edição de 14 de Maio de 1995
Foi um 13 de Maio diferente. O casamento de D. Duarte, Duque de Bragança, com D. Isabel aconteceu no Mosteiro dos Jerónimos num dia que foi de autêntica festa. O DIÁRIO acompanhou tudo de perto e contou o que se passou na edição de 14 de Maio de 1995. Uma festa cheia de pompa e circunstância, com os respectivos protocolos reais, de um herdeiro de um trono que “simplesmente não existe”.
A verdade é que não acontecia um casamento real em Portugal há mais de um século. O último havia sido o de D. Carlos e D. Amélia, em 1886. As cores predominantes foram o azul e o branco, ou não fossem essas as cores da bandeira monárquica. À boda acorreram muitos populares curiosos, mas também muitos monárquicos, pese embora a maioria nem ocupasse tronos.
D. Duarte Pio, que completaria 50 anos no dia seguinte, casou-se com Isabel de Herédia, de 28 anos, com “costela” aristocrática, ligada à Madeira por parte do Visconde da Ribeira Brava.
Da Madeira voou não só o presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, acompanhado da esposa, e João Carlos Abreu, secretário regional do Turismo, como as flores que adornaram a cerimónia: proteas, orquídeas e antúrios. “O vinho Madeira e o bordado estiveram também presentes, como prendas da RAM, bem como uma taça de cristal, executada na Zona Franca”, explicava o nosso matutino.
Quanto às prendas, essas foram dignas de um rei: um carro, um barco e até uma prato em prata com as armas da família real portuguesa.