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Líderes religiosos em Lisboa em busca de soluções para "conflitos e profundas clivagens sociais"

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Foto KAICIID

Dezenas de líderes religiosos das principais confissões e representantes da sociedade reúnem-se em Lisboa, a partir desta terça-feira, no 1.º Fórum Global KAICIID, em busca de soluções para o atual cenário de "guerras, conflitos e profundas clivagens sociais".

"Num momento particularmente difícil, em que a humanidade enfrenta enormes desafios, com guerras, conflitos e profundas clivagens sociais a abrirem espaço para o medo, a desconfiança e os discursos de ódio e de intolerância, este Fórum Global para o Diálogo ganha ainda mais sentido, focando-se no poder do diálogo intercultural e inter-religioso como chave para a identificação de bases comuns em torno da defesa da dignidade e dos direitos humanos como pilares de sociedades pacíficas", lê-se num comunicado da organização.

A conferência, que decorre até quinta-feira, é subordinada ao tema "O Diálogo Como Força Transformadora: Construir Alianças para a Paz num Mundo em Rápida Mudança", organizada pelo Centro Internacional Rei Abdullah Bin Abdulaziz para o Diálogo Inter-religioso e Intercultural (KAICIID), uma organização intergovernamental que visa promover o diálogo entre religiões e culturas.

O Fórum Global KAICIID para o Diálogo, cujo anfitrião será o secretário-geral da organização, Zuhair Alharti, vai contar com o contributo de figuras internacionais como Graça Machel, cofundadora e vice-presidente do The Elders (grupo independente de líderes globais que trabalham em conjunto pela paz, justiça e direitos humanos), Matteo Renzi, antigo primeiro-ministro italiano, e François Hollande, antigo Presidente francês, bem como o chefe de Estado português, Marcelo Rebelo de Sousa.

O Fórum contará também com a presença de importantes líderes religiosos como o Patriarca Ecuménico de Constantinopla, Bartolomeu I, o Grande Mufti do Egito, Shawki Ibrahim Abdel-Karim Allam, ou o rabino principal da Polónia, Michael Schudrich.

No encontro, decisores políticos e líderes religiosos, organizações internacionais e representantes da sociedade civil vão sentar-se à mesa "para procurarem construir confiança, expandir visões e criar oportunidades para que seja possível sair do plano das intenções e avançar para uma ação concreta e concertada, através do desenvolvimento de iniciativas multilaterais para a construção de coesão social e resolução de conflitos".

O centro é composto por um Conselho das Partes constituído por representantes dos Estados-membros fundadores - Arábia Saudita, Áustria, Espanha e a Santa Sé (como fundador observador) - e um Conselho Diretivo composto por representantes de várias religiões (incluindo Cristianismo, Budismo, Hinduísmo, Islão, Judaísmo, Jainismo e Sikhismo).