“Em caso algum eu daria luz verde para que houvesse um acordo com o PSD de Miguel Albuquerque”
André Ventura garante que não haverá passo atrás depois das eleições para viabilizar um Governo social-democrata na Madeira
O líder nacional do Chega esteve ontem e hoje na Madeira para participar em duas acções de campanha do partido, no âmbito das Eleições Legislativas Regionais, que acontecem a 26 de Maio.
Aos jornalistas, André Ventura, embora dizendo que essa é uma decisão da estrutura regional, voltou a afirmar que o partido não está disponível para qualquer acordo com “o PSD de Miguel Albuquerque”, preferindo, antes, colocar o Chega, na Madeira, à semelhança do que se passa a nível nacional, a uma “firmeza da oposição”.
“Em caso algum eu daria luz verde para que houvesse um acordo com o PSD de Miguel Albuquerque”, pois entende que isso “seria contra os princípios” do Chega.
“Tenho visto uma enorme adesão” que, está confiante, serão confirmadas nas urnas e no resultado eleitoral. Ventura deixou nota do crescimento “dinâmica de crescimento” do partido, de que foram exemplo o “resultado histórico” das últimas Legislativas nacionais, que na Madeira renderam a eleição de um deputado à Assembleia da República, com mais de 26 mil votos.
A tónica na corrupção voltou a ser marcante, ainda mais quando, nos últimos meses, a Madeira tem estado mergulhada numa crise política devido a suspeitas de corrupção que envolvem políticos e empresários, entre os quais o próprio Miguel Albuquerque.
Saio daqui com muita confiança de que o nosso apoio está a aumentar, de dia para dia, na Região, e confiante que a pressão que o Governo de Miguel Albuquerque tem feito sobre o Chega não vai surtir efeito e que o Chega/Madeira está unido no propósito de limpar a Região Autónoma e não de se conluiar com fenómenos menos transparentes ou com o poder que está encrustado há décadas na Madeira. André Ventura, líder do Chega
Ventura prometeu regressar à Madeira na próxima semana, “não para condicionar, mas para acompanhar” a campanha eleitoral, confiança no trabalho e no resultado que será conseguido por Miguel Castro e a sua equipa.
Não querendo perder muito tempo com as declarações desta manhã de Miguel Albuquerque sobre um possível entendimento com o Chega, Ventura disse compreender a posição do cabeça-de-lista do PSD/Madeira, “porque sabe que não vai ter uma maioria” e “sabe que o Chega é um partido em crescimento franco”, mas salientou que o seu partido “não se vende” e tem “princípios”, “firme nas convicções”.
Embora não querendo a esquerda a governar, André Ventura reforça que não é por isso que deixa de olhar para “o que se passa na Madeira”. O líder nacional do partido colocar de parte qualquer estatuto processual de qualquer dos envolvidos, mas reforça que há “explicações que não são dados sobre factos que são noticiados e que são públicos”, considerando, por isso, que Miguel Albuquerque “é um mau candidato”.
Eu tenho a certeza de que esta equipa, liderada por Miguel Castro, não vai voltar atrás. E, portanto, vamos fazer a nossa firmeza de oposição, se for esse o resultado. Nós queremos ganhar, mas sabemos que é difícil. Vamos crescer, pode não dar pata ganhar, e aí temos de fazer o trabalho para mostrar às pessoas que o caminho é este, mesmo que o caminho, às vezes, não seja imediatamente concretizável. Em caso algum eu daria luz ver, embora o Chega/Madeira não preside da minha luz verde, mas o partido tem funcionado sempre em enorme e profunda articulação, para que houvesse um acordo com o PSD de Miguel Albuquerque. André Ventura, líder do Chega
“Miguel Albuquerque não devia ser candidato”, repetiu André Ventura, salientando que esse é um problema do PSD e não do Chega.